Após privatização, fluxo de passageiros da Rodoviária de BH aumenta 7%

Um ano após ser concedido pelo governo de Minas à iniciativa privada, o Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro (Tergip) teve um crescimento de 7% no número total de passageiros. São cerca de 450 mil pessoas a mais entre as quase 7 milhões que utilizaram a rodoviária entre setembro de 2.022, primeiro mês sob gestão privada, a agosto deste ano.
Para Vanessa Costa, CEO da Terminais BH, consórcio que administra a rodoviária, o aumento no número de passageiros deve-se mais a fatores externos, como passagens aéreas inflacionadas e clima quente, do que necessariamente à privatização do terminal. “As melhorias podem ter contribuído para esse crescimento, mas acreditamos que seja por outras situações, como o alto valor das passagens aéreas, o tempo, com muito sol, pouca chuva, contribuiu muito para aumento das viagens. Os feriados também, principalmente os que caem próximos aos finais de semana. São diversos fatores que fazem a movimentação ficar numa crescente”, explica.
Em um primeiro momento, o Terminais BH vai investir R$ 8 milhões até o final de 2023. A CEO conta que, após esses aportes imediatos da concessão, novos investimentos na requalificação da estrutura da rodoviária estão sendo planejados. Como os projetos estão em fase inicial, ainda não é possível estimar valores. “São investimentos mais complexos, que envolvem serviços, demandas e tempos maiores de execução. Somente no início do próximo ano saberemos os valores”, disse.
Ela comenta que as obras no Tergip têm a particularidade de serem realizadas em um local que a atividade não pode ser paralisada. “Até a execução tem bastante planejamento, porque não podemos parar o funcionamento do terminal. Várias situações vamos fazer em fases para que a rodoviária continue funcionando e essa requalificação seja feita”, explica.
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Arrematada por R$ 20 milhões em leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), a concessão tem prazo de 30 anos. Neste primeiro ano do contrato, o retorno financeiro está dentro da expectativa do consórcio vencedor, considera a CEO. “Sabemos que esses primeiros anos demandam muitos investimentos. Fazemos tudo muito pautado no contrato de concessão. Nesse primeiro momento, é mais de investimento do que retorno propriamente dito, mas está dento de expectativa da concessionária. Acredito que a partir do oitavo ao décimo ano de concessão deveremos ter o retorno financeiro”, finaliza Vanessa.
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