Economia

ArcelorMittal investe para reduzir emissões de carbono

ArcelorMittal investe para reduzir emissões de carbono
Crédito: Pixabay

É preciso pressa para evitar que o aquecimento global causado pela alta emissão de carbono na atmosfera hoje provoque grandes catástrofes no planeta até o ano de 2100. De acordo com Guilherme Abreu, gerente-geral de RI e Sustentabilidade da ArcelorMittal Brasil, líder mundial na produção de aço e uma das referências em mineração no País, os efeitos poluentes do carbono permanecem na atmosfera por até 100 anos. Por este motivo, esta indústria assumiu o compromisso de até 2030 reduzir em 10% a emissão deste poluente na atmosfera.

“Para se evitar uma tragédia, é preciso zerar a emissão de carbono no mundo todo até 2050. Neste ano, mesmo com todos os investimentos que estamos fazendo, hoje, na implantação de energia limpa, a temperatura terrestre já deve aumentar entre 1,5 a 2 graus Celsius. O que estamos vivendo hoje é reflexo do lançamento deste tipo de poluentes há cem anos“, alertou Abreu, durante o Fórum Virtual Prática da agenda Ambiental e Social Corporativo a Lideranças, promovido na segunda-feira (31) pelo IBGC.

Comprometidos com a implantação das 17 ODS definidas pela ONU em 2015, e que fazem parte da Agenda 2030, a ArcelorMittal Brasil está investindo em várias frentes para conseguir reduzir em 10% a emissão deste gás poluente. Uma delas é o programa XCarb™, dividido em três bases distintas. A primeira objetiva investir em tecnologias inovadoras que garantam o fim da emissão de carbono na atmosfera. A segunda consiste na emissão de certificados verdes para clientes também comprometidos com a redução do lançamento de gases poluidores. E a terceira se fundamenta no uso de aço reciclável e renovável, que emite cerca de 300 kg de CO2 por tonelada.

União e pesquisa

Para atingir a meta de zerar a emissão de carbono, segundo Abreu, será preciso reduzir em mais de 90% as emissões de gases tóxicos até 2050. Para isso, é necessário que o mundo todo invista em pesquisa, compartilhando as informações com todos os países para que possam substituir energias poluentes por renováveis, zerando a emissão de gases. Presente em países como a Argentina, o Brasil, Costa Rica e Venezuela, só a ArcelorMittal possui 12 centros de pesquisa e 1.300 pesquisadores. Para Abreu, vários países e instituições já estão pesquisando novas tecnologias que deverão estar disponíveis até 2030.

“Não podemos viver em um mundo de Sofia (em alusão ao livro “O Mundo de Sofia”), em que simplesmente possamos parar de produzir aço e minério. Precisamos desses recursos. Ainda não existe tecnologia e metodologia para zerar a emissão de CO2 na atmosfera. Mas até 2030, elas já deverão estar disponíveis”, afirmou.

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