ArcelorMittal investe para reduzir emissões de carbono

É preciso pressa para evitar que o aquecimento global causado pela alta emissão de carbono na atmosfera hoje provoque grandes catástrofes no planeta até o ano de 2100. De acordo com Guilherme Abreu, gerente-geral de RI e Sustentabilidade da ArcelorMittal Brasil, líder mundial na produção de aço e uma das referências em mineração no País, os efeitos poluentes do carbono permanecem na atmosfera por até 100 anos. Por este motivo, esta indústria assumiu o compromisso de até 2030 reduzir em 10% a emissão deste poluente na atmosfera.
“Para se evitar uma tragédia, é preciso zerar a emissão de carbono no mundo todo até 2050. Neste ano, mesmo com todos os investimentos que estamos fazendo, hoje, na implantação de energia limpa, a temperatura terrestre já deve aumentar entre 1,5 a 2 graus Celsius. O que estamos vivendo hoje é reflexo do lançamento deste tipo de poluentes há cem anos“, alertou Abreu, durante o Fórum Virtual Prática da agenda Ambiental e Social Corporativo a Lideranças, promovido na segunda-feira (31) pelo IBGC.
Comprometidos com a implantação das 17 ODS definidas pela ONU em 2015, e que fazem parte da Agenda 2030, a ArcelorMittal Brasil está investindo em várias frentes para conseguir reduzir em 10% a emissão deste gás poluente. Uma delas é o programa XCarb™, dividido em três bases distintas. A primeira objetiva investir em tecnologias inovadoras que garantam o fim da emissão de carbono na atmosfera. A segunda consiste na emissão de certificados verdes para clientes também comprometidos com a redução do lançamento de gases poluidores. E a terceira se fundamenta no uso de aço reciclável e renovável, que emite cerca de 300 kg de CO2 por tonelada.
União e pesquisa
Para atingir a meta de zerar a emissão de carbono, segundo Abreu, será preciso reduzir em mais de 90% as emissões de gases tóxicos até 2050. Para isso, é necessário que o mundo todo invista em pesquisa, compartilhando as informações com todos os países para que possam substituir energias poluentes por renováveis, zerando a emissão de gases. Presente em países como a Argentina, o Brasil, Costa Rica e Venezuela, só a ArcelorMittal possui 12 centros de pesquisa e 1.300 pesquisadores. Para Abreu, vários países e instituições já estão pesquisando novas tecnologias que deverão estar disponíveis até 2030.
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“Não podemos viver em um mundo de Sofia (em alusão ao livro “O Mundo de Sofia”), em que simplesmente possamos parar de produzir aço e minério. Precisamos desses recursos. Ainda não existe tecnologia e metodologia para zerar a emissão de CO2 na atmosfera. Mas até 2030, elas já deverão estar disponíveis”, afirmou.
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