Economia

ArcelorMittal triplica capacidade da Mina de Serra Azul após investimento de R$ 2,5 bilhões

Capacidade anual sobe de 1,6 para 4,5 milhões de toneladas, e vida útil da mina agora se estende até 2056
ArcelorMittal triplica capacidade da Mina de Serra Azul após investimento de R$ 2,5 bilhões
Barragem Mina de Serra Azul, em Itatiaiuçu, na região metropolitana de Belo Horizonte. | Crédito: Reprodução Google Maps/ Direitos reservados/ Agência Brasil

A ArcelorMittal iniciou a operação da nova planta de beneficiamento de minério de ferro da Mina de Serra Azul, no município de Itatiaiuçu, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A empresa investiu aproximadamente R$ 2,5 bilhões no projeto. Com a expansão, a capacidade instalada do empreendimento praticamente triplicou. O potencial de produção anual subiu de 1,6 milhão de toneladas para 4,5 milhões de toneladas.

Além disso, a previsão de vida útil da mina foi estendida até 2056, já que a unidade que entrou em funcionamento consegue processar itabirito compacto. Esse material até então não era aproveitado, já que antes apenas o itabirito friável poderia ser processado.

A planta produzirá pellet feed. O fino de alto teor, produto considerado nobre, será utilizado como matéria-prima na produção de pelotas da companhia no México, destinadas à redução direta, o que contribui para o processo de descarbonização da siderúrgica.

“O primeiro navio com minério deve sair entre dezembro e janeiro”, revelou o CEO da ArcelorMittal Aços Longos LATAM, Everton Negresiolo, ao Diário do Comércio.

Novo ciclo de investimentos em estado de espera

O investimento realizado na ampliação da Mina de Serra Azul é parte dos aportes programados pela ArcelorMittal para o Brasil, que totaliza R$ 25 bilhões entre 2022 e 2028. Desse montante, em torno de R$ 11,5 bilhões se destinam a Minas Gerais e abrangem outros projetos já concluídos, além de Itatiaiuçu, como a expansão da usina de Sabará (RMBH) e a construção do parque solar em Paracatu (região Noroeste).

Já o novo ciclo de inversões da companhia no País, em discussão interna, estimado entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões, dos quais cerca de R$ 3 bilhões são endereçados ao território mineiro, segue em estado de espera. O valor a ser investido está atrelado à melhoria das condições de defesa comercial da siderurgia nacional em relação às importações de aço.

“Continuamos analisando e discutindo, mas, para que esse ciclo aconteça, ele necessariamente depende de novas medidas, tanto em quantidade quanto em amplitude, que equilibrem o mercado nacional e defendam a indústria brasileira da importação desleal e predatória de aço asiático”, afirmou Negresiolo.

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