Área de transmissão impulsionou os resultados da Eletrobras no 1º trimestre

São Paulo – A estatal Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre, salto de 31% frente ao mesmo período do ano anterior, apoiada por melhores resultados em seus negócios de transmissão após uma revisão tarifária e com influências dos índices de inflação que reajustam contratos.
A maior elétrica da América Latina apontou resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 3,85 bilhões, alta de 11% ano a ano, enquanto a margem ficou em 47%.
Excluídos efeitos não recorrentes, o Ebitda teria sido de R$ 4,9 bilhões, avanço de 30%.
A companhia, com negócios em geração, transmissão e comercialização de energia, somou receita operacional líquida de R$ 8,2 bilhões entre janeiro e março, alta de 8% em base anual, enquanto custos e despesas operacionais totais atingiram R$ 5,2 bilhões, elevação de 10%.
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Custos com pessoal, material, serviços e outros (PMSO), no entanto, recuaram 5%, para R$ 2 bilhões.
A receita de geração da companhia atingiu R$ 5,8 bilhões, perto dos R$ 5,9 bilhões do ano anterior, enquanto em transmissão houve salto de 25% para R$ 3,8 bilhões.
A Eletrobras disse que o aumento deve-se a revisões tarifárias de ativos de transmissão de suas subsidiárias, que levaram a aumentos de valores, além dos índices de inflação associados aos contratos no setor.
Do lado negativo, a estatal registrou aumentou nas provisões operacionais, para R$ 1,1 bilhão, ante R$ 392 milhões no ano anterior, sendo R$ 932 milhões para “contingências”.
A companhia provisionou R$ 436 milhões devido a processos judiciais referentes ao chamado empréstimo compulsório, enquanto sua controlada Chesf provisionou R$ 363 milhões, sendo R$ 185 milhões devido à situação hidrológica desfavorável.
Ainda houve um impacto negativo de variação cambial líquida de R$ 601 milhões sobre os resultados.
A elétrica encerrou o trimestre com dívida líquida de R$ 20,56 bilhões, enquanto caixa e equivalentes somavam R$ 14,65 bilhões.
Os investimentos no período foram de R$ 519 milhões, alta de 58% frente aos R$ 329 milhões do ano anterior, mas bem abaixo dos R$ 1,29 bilhão orçados para o trimestre. (Reuters)
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