Arrecadação da Cfem diminui 9,1% no bimestre em Minas Gerais

No primeiro bimestre deste ano, a arrecadação de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) em Minas Gerais somou R$ 551,8 milhões, uma retração de 9,1% ante os R$ 607,3 milhões recolhidos nos dois primeiros meses do ano passado. No Brasil, a receita da compensação minerária em janeiro e fevereiro de 2025 totalizou R$ 1,303 bilhão, uma queda de 2,8% na comparação ano a ano. Os dados são do Observatório da Cfem.
O observatório é uma plataforma virtual da Agência Nacional de Mineração (ANM), que reúne os valores arrecadados e distribuídos dos royalties da mineração. A arrecadação mineira no primeiro bimestre foi a maior entre todos os estados e representou 42,3% do montante nacional, enquanto o Pará, com R$ 546,9 milhões, respondeu por 41,9%.
Entre os municípios mineiros, o de Conceição do Mato Dentro, no Médio Espinhaço, foi o que mais arrecadou royalties da mineração nos dois primeiros meses do ano, com R$ 86,5 milhões. A quantia cresceu 21,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em seguida, aparecem Congonhas, com R$ 52,4 milhões, e São Gonçalo do Rio Abaixo, com R$ 47,2 milhões, ambos localizados na região Central do Estado.
Em comparação ao primeiro bimestre de 2024, a Cfem arrecadada em Congonhas caiu 24,8%, enquanto o montante arrecadado em São Gonçalo do Rio Abaixo ficou estável.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
As três cidades ocuparam, respectivamente, a terceira, a quinta e a sexta colocação do ranking municipal de arrecadação da Cfem em todo o País. Neste caso, as primeiras posições foram ocupadas pelas cidades de Canaã dos Carajás (R$ 220,9 milhões) e Parauapebas (R$ 205,6 milhões), ambas do Pará.
As oscilações no preço do minério de ferro foi um dos possíveis fatores que contribuíram para a queda da arrecadação da Cfem, que respondeu por 87,2% (R$ 481,2 milhões) do total recolhido no Estado em janeiro e fevereiro. O resultado representa uma redução de 12,2% comparado com o mesmo período de 2024, quando foram recolhidos R$ 548,3 milhões pela Cfem.
Na lista de substâncias no levantamento, além do minério de ferro, a exploração de ouro se destacou e foi responsável pela arrecadação de R$ 39,3 milhões no primeiro bimestre do ano pelo Estado em royalties da mineração. Fosfato (R$ 8 milhões), calcário (R$ 6,3 milhões) e gnaisse (R$ 2,2 milhões) vieram na sequência.
Vale distribuiu a maior parte da Cfem no ano
A Vale foi responsável por distribuir R$ 217,3 milhões da Cfem em Minas Gerais nos dois primeiros meses de 2025. O valor representa 39,3% do total arrecadado no Estado no período e uma redução de 18,3% no montante distribuído pela mineradora no mesmo período de 2024.
Na segunda posição do ranking de empresas que mais pagaram royalties minerais ao Estado no bimestre, ficou a Anglo American, que distribuiu R$ 86,5 milhões, uma alta 21,1% na comparação ano a ano. Completam a lista das cinco primeiras empresas contribuintes da Cfem a CSN Mineração, subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), com R$ 58,9 milhões (-27,1%), Kinross, com R$ 22,8 milhões (64,5%), e a AngloGold Ashanti, com R$ 12,1 milhões (39%).
Ouça a rádio de Minas