Economia

Arrecadação federal no Estado sobe 8% em junho

Receita no Estado atingiu R$ 9,69 bilhões no período
Arrecadação federal no Estado sobe 8% em junho
Crédito: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Em Minas Gerais, a arrecadação dos impostos federais continua em crescimento. De acordo com os dados da Receita Federal do Brasil (RFB), referentes à 6ª Região Fiscal, em junho o valor de impostos federais arrecadados no Estado chegou a R$ 9,69 bilhões. O valor representa uma alta de 20,90% em termos nominais e de 8,06% em termos reais se comparado a junho de 2021.

Com o resultado, no acumulado de janeiro a junho de 2022, a arrecadação dos impostos federais em Minas Gerais alcançou R$ 62,46 bilhões, acréscimo de 19,43% frente ao primeiro semestre de 2021. Descontando a inflação do período, a receita gerada com os tributos cresceu 7,34% entre janeiro e junho de 2022.

Em junho, a arrecadação de impostos federais no Estado foi liderada pelo recolhimento do Imposto sobre a Renda – Total, que chegou ao valor de R$ 3,9 bilhões. No período, o valor cresceu 13% se comparado com os R$ 3,4 bilhões registrados em junho do ano passado.

A arrecadação do IR total foi puxada pela alta do IRRF – Rendimentos do Trabalho, cuja arrecadação chegou a R$ 698,8 milhões, alta de 34,28% frente aos R$ 520,5 milhões registrados em igual mês do ano passado.

No mesmo período, o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), apresentou variação positiva, 5,85%, e gerou uma arrecadação de R$ 1,16 bilhão ao longo do sexto mês do ano.

Com o resultado mensal, a arrecadação no primeiro semestre do IRPJ chegou a R$ 14,9 bilhões, superando em 22,5% o valor arrecadado no mesmo intervalo do ano anterior (R$ 12,17 bilhões).

Já o recolhimento do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) encerrou junho apresentando alta de 1,97%. O valor subiu de R$ 494,2 milhões em junho de 2021 para atuais R$ 504,08 milhões.

No ano, o imposto já gerou uma arrecadação de R$ 2,79 bilhões, alta de 3,37% frente ao mesmo período de 2021, quando o valor estava em R$ 2,65 bilhões.

Outros tributos

O recolhimento do Imposto sobre Produtos Industrializados – Total (IPI- Total) chegou a R$ 677 milhões, valor que superou em 2,49% os R$ 660,5 milhões vistos em junho de 2021. No intervalo, o IPI vinculado à importação caiu 36,6%, saindo de R$ 74,5 milhões para atuais R$ 47,1 milhões.

Dentre os resultados negativos,o Imposto sobre Importação retraiu 14,5% no mês, gerando uma arrecadação de R$ 112,4 milhões, ante os R$ 131,5 milhões registrados no mesmo mês de 2021.

Queda também no Imposto Territorial Rural, cuja arrecadação saiu de R$ 3,8 milhões para R$ 2,5 milhões em junho atual, valor 34,6% menor.

Governo deve registrar superávit primário

Brasília – O mercado financeiro melhorou a projeção para o resultado primário do governo em 2022 e passou a ver um saldo positivo nas contas federais neste ano pela primeira vez, mostrou relatório Prisma Fiscal divulgado ontem pelo Ministério da Economia, indicando também uma melhora na previsão para a dívida bruta.

De acordo com o documento, que capta projeções de agentes de mercado para as contas públicas, a expectativa para o resultado primário do governo central ficou em superávit de R$ 4,6 bilhões, ante rombo de R$ 20,0 bilhões projetado em julho, no que poderia ser o primeiro resultado no azul em nove anos.

A previsão positiva, após 19 meses consecutivos de estimativas de rombo, se aproxima de análise interna do governo, que já aponta para um superávit de R$ 6 bilhões neste ano, com impulso adicional do pagamento de superdividendos por estatais. A meta fiscal para 2022 é de déficit de R$ 170,5 bilhões

As estimativas do mercado para o resultado primário refletem uma elevação na projeção da receita líquida do governo, de R$ 1,775 trilhão para R$ 1,818 trilhão. Houve um aumento menos intenso nas expectativas para a despesa total, passando de R$ 1,793 trilhão no relatório anterior para R$1,804 trilhão na pesquisa deste mês.

Com a melhora nos dados, os analistas consultados pela pasta reduziram a previsão para a dívida bruta do governo geral em 2022 para 79% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 79,5% na pesquisa de julho.

O governo vem registrando recordes de arrecadação, sob impulso da retomada da atividade econômica, alta da inflação e elevação das cotações de commodities no mercado internacional.

A revisão positiva das projeções ocorre mesmo diante da estratégia do governo de converter esses ganhos de receitas em cortes de tributos e ampliação de benefícios sociais neste ano eleitoral.

Nos últimos meses, foram liberados cortes de PIS/Cofins de combustíveis, redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e cortes de tarifas de importação, além de repasses a caminhoneiros, taxistas e beneficiários do Auxílio Brasil.

2023

Para 2023, as projeções de mercado indicam um retorno ao déficit primário, com rombo de R$ 30 bilhões no governo central, mesmo patamar da estimativa trazida pelo relatório anterior.

A estimativa é que a dívida bruta fique em 82,30% do PIB no ano, ante 82,50% previstos no mês passado.

No relatório deste mês, o Ministério da Economia anunciou a inclusão de novos indicadores ao levantamento. Agora, a consulta a analistas de mercado traz também previsões para variação do PIB, índice de desemprego e Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O mercado espera, por exemplo, que o INPC, usado para a correção do salário mínimo e uma série de despesas do governo, encerrará 2022 em 7,6%, passando a 5,4% em 2023. (Reuters)

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