Economia

Associação de investidor diz que minoritário foi enganado em rombo

Instituição vai pedir ao regulador a apuração das responsabilidades das pessoas físicas envolvidas e eventual punição
Associação de investidor diz que minoritário foi enganado em rombo
A empresa informou dívidas de R$ 43 bilhões junto a 16,3 mil credores | Crédito: Divulgação

São Paulo – Após o anúncio do rombo de R$20 bilhões no balanço da Americanas, nessa quarta-feira (11), a Associação Brasileira de Investidores (Abradin) diz que estuda adotar medidas junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e ao Ministério Público para proteger os acionistas minoritários.

Para Aurelio Valporto, presidente da Abradin, os investidores “foram enganados”. A associação vai pedir ao regulador a apuração das responsabilidades das pessoas físicas envolvidas e eventual punição. No MP, a ideia é verificar a possibilidade de ressarcimento aos cofres da empresa, além de observar eventual ocorrência de crimes e de envolvimento de controladores, segundo ele.

“Essa notícia nos pegou de surpresa, e a primeira coisa que me chamou a atenção foi a absoluta incompetência dos auditores. Este fato lesa enormemente o patrimônio dos investidores e mina a credibilidade do mercado de capitais nacional.

As pessoas físicas responsáveis devem ser pedagogicamente punidas tanto no âmbito cível quanto criminal, se for o caso. A Abradin vai estudar as medidas cabíveis junto à CVM e ao Ministério Público. Deverá ser, também, rigorosamente apurada a possível responsabilidade dos controladores, atuais e anteriores”, afirma.

Junto com o anúncio do caso, o novo presidente da Americanas, Sérgio Rial, e o diretor de relações com investidores, André Covre, que assumiram recentemente, comunicaram que vão deixar a empresa. Rial segue como assessor dos acionistas de referência da Americanas, o trio de bilionários do fundo de investimentos 3G Capital-Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles. (Por Joana Cunha)

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