Ativo da Divicred tem alta de 59,5% em setembro

Apesar da queda de 20% no resultado esperado para 2020, os números do Sicoob Divicred têm mostrado aumentos representativos. Conforme os dados divulgados pela cooperativa, em setembro deste ano o total do ativo da instituição financeira chegou a R$ 689,039 milhões, um aumento de 59,5% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 431,921 milhões).
Destes, o ativo circulante no nono mês deste ano corresponde a R$ 672,666 milhões. Em igual época de 2019, eram R$ 418,018 milhões, o que representa um incremento de 60,9%.
Ainda segundo os dados que foram disponibilizados pelo Sicoob Divicred, as operações de crédito também apresentaram números mais expressivos em setembro deste ano quando eles são comparados com setembro de 2019. Se no nono mês do ano passado elas somaram R$ 230,365 milhões, em igual período de 2020 alcançaram R$ 364,422 milhões, alta
de 58,1%.
De acordo com o superintendente comercial da região de BH e Metropolitana do Sicoob Divicred, Marco Tulio Coutinho, o cooperativismo tem crescido muito nos últimos anos. Isso se deve, segundo ele, a fatores como tarifas menores e atendimento mais qualificado. “O Sicoob tem uma imagem muito positiva e isso se traduz em resultado para o próprio cooperado”, salienta.
Pandemia – Esse cenário tão promissor deveria refletir, conforme detalha o superintendente, em um crescimento da rentabilidade da cooperativa na ordem de 30% neste ano. No entanto, apesar do aumento das operações de crédito e da base de clientes, com a pandemia da Covid-19 e com a taxa Selic a 2% ao ano, a instituição financeira diminuiu o spread para favorecer o cooperado, o que acabou refletindo na sua rentabilidade, baixando as perspectivas para um incremento de 10%.
Ainda no contexto da crise na saúde que teve reflexos na economia, o Sicoob Divicred criou o programa Impulso RMBH, com linhas de créditos com taxas de juros especiais para atender as empresas afetadas pela pandemia. “Nós procuramos fazer a nossa parte”, destacou Coutinho.
Expectativas – Quando se trata do futuro, Coutinho ressalta que as perspectivas para as cooperativas são as melhores possíveis. O setor, diz, a cada quatro anos tem dobrado de tamanho.
No entanto, afirma ele, 2021 ainda é uma grande incógnita, por causa de uma série de fatores que são bastante incertos.
Primeiramente, lembra ele, neste ano houve medidas governamentais que ajudaram a sustentar a economia, como o auxílio emergencial, voltado para pessoas de baixa ou de nenhuma renda. No entanto, não se sabe ainda se haverá recursos do governo para o ano que vem e como a economia vai girar.
Além disso, também é incerto quando haverá a vacina contra a Covid-19, o que pode modificar bastante o cenário atual.
“Se tiver uma vacina no começo de 2021, a tendência é que a economia seja melhor do que neste ano, refletindo no mercado financeiro onde as cooperativas estão”, afirma Coutinho, que destaca, ainda, que hoje existe toda uma demanda reprimida.
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