Atlas terá R$ 1 bilhão do BNDES para construir 11 usinas fotovoltaicas em Minas

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 1 bilhão para a Atlas Renewable Energy construir 11 usinas fotovoltaicas em Arinos, na região Noroeste de Minas Gerais. O Complexo Solar Draco, que tem previsão de entrar em operação em 2026, terá capacidade instalada total de 505 megawatts em corrente alternada (MWac), o equivalente a 579 megawatts em corrente contínua (579 MWdc). O objetivo é suprir a demanda industrial com energia suficiente para abastecer 569 mil residências.
Conforme o BNDES, o projeto deverá gerar cerca de 2.100 empregos na fase de implantação. O Complexo Solar Draco também prevê a implantação de um sistema de transmissão associado, formado por uma subestação (SE) de 500 quilovolts (kV) e uma linha de transmissão em circuito simples, com aproximadamente 15 quilômetros de extensão, ligando a SE ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A energia produzida será comercializada no Ambiente de Contratação Livre (ACL).
O diretor geral da Atlas no Brasil, Fábio Bortoluzo, explica que o projeto financiado pelo BNDES terá papel relevante no fornecimento de energia limpa, favorecendo, assim, o desenvolvimento da indústria brasileira com base em energia sustentável.
“O apoio do BNDES tem sido fundamental para viabilizar projetos transformacionais como o Complexo Solar Draco. Essa parceria reforça o compromisso da Atlas com a transição energética no Brasil, unindo tecnologia, eficiência e impacto socioambiental positivo. O projeto representa mais do que um investimento em energia solar, mas o compromisso da Atlas em suportar o desenvolvimento da indústria brasileira com base em energia sustentável, e marca nossa presença no setor de data centers”, explicou Bortoluzo.
Plano para reduzir emissões de gases de efeito estufa
O projeto do Complexo Solar Draco, que está sendo financiado com recursos do Financiamento a Empreendimentos (Finem) e do Fundo Clima, está alinhado ao esforço do Plano Nacional sobre Mudanças Climáticas (PNMC) para a redução das emissões de gases de efeito estufa. O plano prevê manter elevada a participação de energia renovável na matriz elétrica brasileira, preservando a posição de destaque que o Brasil sempre ocupou no cenário internacional.
“É um projeto que agrega um volume significativo de energia limpa e renovável à nossa matriz elétrica e atende às diretrizes de descarbonização da política industrial do governo do presidente Lula. O mundo está vivendo uma emergência climática e o BNDES tem tido um papel relevante nesta área, atuando em diferentes frentes, como energia, descarbonização de processos produtivos e ações de restauro florestal”, explicou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
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