Economia

Atlas Energy e Hydro iniciam operação de usinas em Paracatu

Empreendimento irá gerar energia capaz de abastecer mais de 394 mil casas
Atlas Energy e Hydro iniciam operação de usinas em Paracatu
Complexo está instalado numa área equivalente a 1.152 estádios | Crédito: Reprodução / Atlas Rewnable Energy

A Atlas Energy e a Hydro Rein iniciaram a operação das usinas solares fotovoltaicas Boa Sorte, em Paracatu, Noroeste de Minas Gerais. Com 438 MW de capacidade instalada, o empreendimento irá gerar um total de 920 GWh por ano, o equivalente para abastecer mais de 394 mil residências. O parque, composto por vários projetos, vai fornecer energia limpa para a Albras, maior produtora de alumínio primário do Brasil, representando cerca de 12% da demanda total de energia da companhia, em um contrato de 20 anos, com início em 2025 e fornecimento até 2044.

Com investimentos de US$ 300 milhões em 2021 no Complexo Solar Boa Sorte, a Atlas Energy quebrou importantes barreiras no setor, “como o primeiro empréstimo indexado em dólares pelo BNDES para projetos renováveis. Além disso, Boa Sorte é uma prova do nosso compromisso de entregar projetos dentro do prazo e do orçamento, contribuindo para o nosso histórico de 100% de taxa de conclusão”, afirma o diretor da Atlas no Brasil, Fábio Bortoluzo.

O complexo de usinas da Atlas está instalado em uma área equivalente a 1.152 estádios do Maracanã e a sua construção demandou 16.584 toneladas de estruturas metálicas e contou com mais de 2 milhões de homens-hora de trabalho em Paracatu. E, para otimizar a gestão deste projeto, foram adotadas tecnologias que permitiram o gerenciamento integrado em tempo real e a tomada de decisões baseadas em dados instantâneos passados pela equipe de produção. Como resultado desta integração entre tecnologia e a expertise do time da Atlas, foi possível antecipar em dois meses a entrada em operação do projeto.

“O complexo que deveria começar a funcionar em abril teve início no final de fevereiro. Este é um importante marco para os projetos da Hydro Rein no Brasil, considerado um mercado estratégico para a empresa. É mais um passo para atingir nossa missão de desenvolver soluções renováveis para a indústria. Deveremos fornecer cerca de 90% do volume produzido para a Albras e o restante para outros projetos de menor porte”, afirmou a head da Hydro Rein no Brasil, Marcela Jacob.

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O fornecimento de energia é fundamental para a sustentabilidade da cadeia do alumínio no Brasil e a Albras mantém o foco nesse sentido. Com isso, a Albras, joint-venture entre a Hydro e a NAAC – Nippon Amazon Aluminium Co. Ltd, está investindo para ampliar o uso de fontes de energia renováveis (solar e eólica) nas suas operações e contribuir para o alcance de suas metas de descarbonização.

“Este é um marco significativo para assegurar a estratégia de longo prazo da Albras de produção de alumínio verde. Com os investimentos em fontes de energia renováveis, consolidamos nossa estratégia de suprimento de energia de longo prazo, bem como diversificamos nossa matriz energética e reforçamos o nosso compromisso de fazermos parte da solução para a transição verde. Queremos contribuir para a criação de uma sociedade justa, produzindo com responsabilidade e utilizando energia renovável tal como concebida desde o início das nossas operações”, afirma o CEO da Albras, João Batista Menezes.

Usinas da Atlas em Paracatu

Além de Boa Sorte, a empresa fechou contrato com a Atlas Renewable Energy para fornecimento de energia solar, por meio do complexo fotovoltaico Vista Alegre, em Janaúba, o maior Acordo de Compra de Energia (PPA em inglês) já assinado na América Latina. Vista Alegre vai garantir à Albras fornecimento de energia sustentável por 21 anos.

A Atlas Energy também tem a previsão de construção de mais um parque de energia solar em Paracatu, Noroeste de Minas, com aporte de cerca de R$ 2 bilhões e capacidade instalada de 787 megawatts-pico (MWp). O Projeto Solar Luiz Carlos será o segundo maior da empresa e deve entrar em operação entre o final de 2025 e o início de 2026.Durante 15 anos, por meio de um PPA, a Atlas fornecerá 470 MWp (60% do total) para a Votorantim Cimentos.

A construção do complexo fotovoltaico Boa Sorte envolveu cerca de dois mil e novecentos trabalhadores, sendo que do total 14,4% foram mulheres, percentual acima da média do setor. Isso reflete os esforços da Atlas em impulsionar uma indústria mais inclusiva e oferecer oportunidades a todas as pessoas do entorno de nossos projetos.

A previsão, ainda para este ano, é que sejam iniciadas as operações comerciais no complexo solar de Mendubim, no Rio Grande do Norte e, até o fim de 2024, início das operações do complexo eólico Vento de São Zacarias, no Piauí. “O Brasil é um dos mercados mais empolgantes para energias renováveis do mundo e estamos atentos às oportunidades de crescimento do setor”, salientou Marcela Jacob.

Por meio do programa “Somos parte da mesma energia”, que capacita mulheres para atuação em posições técnicas nos setores elétricos e de construção, 320 mulheres participaram de cursos profissionalizantes ou de aprimoramento profissional e 72 delas foram contratadas pela Atlas ou por parceiros durante o período de construção, por meio das oportunidades de iniciação profissional exclusiva para moradoras da região.

“A capacitação que proporcionamos às mulheres não é apenas para servir nossas operações, mas é uma forma de deixar um legado que transforma vidas, possibilita independência financeira e promove a autonomia destas mulheres. Isso porque acreditamos na diversidade como elemento chave na construção de um futuro sustentável”, explica Fernanda Abreu, Head de ESG da Atlas. 

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