Aumenta número de restaurantes e bares no vermelho em Minas

Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) revelou que o cenário em Minas Gerais ainda é desafiador para o setor, com um aumento substancial no número de empresas operando no vermelho no mês de agosto. Segundo o estudo, 17% das empresas pesquisadas relataram operar sem lucro, um aumento de 4% em relação à última pesquisa, realizada em julho. Além disso, 47% das empresas permaneceram em equilíbrio financeiro, enquanto 36% obtiveram lucro.
Os dados, coletados entre 28 de setembro e 6 de outubro, e baseados nas respostas de empreendedores locais do setor de bares e restaurantes, apontam para alguns dados importantes: entre as empresas que se encontram em uma situação de prejuízo, destacam-se os Microempreendedores Individuais (MEI’s), com 21%, e as microempresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 1 milhão anuais, com 28%. Já entre as empresas maiores, com faturamento maior que R$ 4,8 milhões ao ano, apenas 9% disseram ter operado no vermelho.
Uma análise mais detalhada revela que as empresas mais jovens enfrentam um cenário particularmente desafiador. Das empresas com menos de um ano de atividade, 29% relataram prejuízo em agosto. Entre aquelas com entre 1 e 3 anos de existência, 21% operaram no vermelho. Por outro lado, as empresas com mais de dez anos de atividade demonstraram uma situação relativamente melhor, com 16% delas apontando prejuízo.
“Mesmo com a tradição da comemoração do dia dos pais, agosto foi um mês com grandes prejuízos no setor de bares e restaurantes, esses reflexos já podem ser observados, principalmente, por empresas mais novas, que ainda estão investindo e aprendendo a controlar os custos, e as empresas menores, que têm mais dificuldade com o fluxo de caixa”, explica Oswaldo Junior, presidente da Abrasel-MG.
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Essas estatísticas refletem as adversidades enfrentadas pelo setor de bares e restaurantes, que busca se recuperar de impactos significativos resultantes da pandemia da Covid-19. Com os desafios persistentes, é fundamental que o setor e as autoridades colaborem para encontrar soluções que possam ajudar a sustentar e revitalizar essa parte vital da economia local.
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