Economia

Australiana compra ativo com nióbio e terras-raras em Araxá

Empresa adquiriu 100% do projeto de mina e planta de extração de nióbio e terras-raras no município com potencial de desenvolvimento
Australiana compra ativo com nióbio e terras-raras em Araxá
Crédito: Reprodução Adobe Stock

A mineradora australiana St. George Mining fechou acordo para comprar 100% do ativo Araxá, um projeto planejado de mina e planta de extração de nióbio e terras-raras com potencial de desenvolvimento. A americana produtora de fosfato e fertilizantes especiais Itafos Inc. receberá US$ 21 milhões pela venda, além de ações que totalizam 10% do capital social da compradora.

A transação está sujeita à conclusão ou renúncia de certas condições até 3 de novembro. A expectativa é de que o negócio seja concluído no fim do mês de setembro ou início de outubro.

De acordo com os termos do contrato, os títulos ordinários serão emitidos após o fechamento da operação. Já os pagamentos em dinheiro vão ser divididos da seguinte forma: US$ 10 milhões no fechamento da operação, US$ 6 milhões nove meses após e US$ 5 milhões 18 meses depois.

O ativo Araxá está localizado em área adjacente à operação da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), empresa mineira e líder do mercado de nióbio, respondendo por cerca de 80% da produção mundial. Ele também está próximo à mina de fosfato da americana Mosaic Company, uma das maiores produtoras de fertilizantes fosfatados e potássio do mundo.

Informações da atual proprietária indicam que a área de concessão do projeto cobre cerca de 226 hectares. A Itafos ainda diz que o empreendimento poderá ter uma capacidade inicial de produção de 700 mil toneladas de óxido de nióbio por ano e de 8,7 milhões de óxidos de terras-raras.

Oportunidade para a empresa se tornar um player global de nióbio

Em comunicado ao mercado, a futura proprietária afirma que o ativo Araxá possui recursos de alta qualidade. A St. George destaca que perfurações históricas identificaram uma extensa mineralização de nióbio, terras-raras e até mesmo fosfato no local. O presidente executivo da mineradora, John Prineas, se mostra entusiasmado com as possibilidades da aquisição.

O gestor disse que o projeto está situado em uma das regiões mais importantes do mundo para a produção de nióbio. E realçou que isso representa uma grande oportunidade para a companhia se tornar um player global no mercado desse tipo de minério, ressaltando que a localização do empreendimento oferece vantagens relevantes para o desenvolvimento e a exploração do recurso.

Prineas ressaltou o fato de que já foram encontrados recursos minerais com altos teores na área do projeto, proporcionando uma base sólida para o rápido progresso da empresa. O executivo também destacou que a mineralização começa na superfície e se estende por todas as direções, o que sugere um potencial significativo para a descoberta de mais recursos. De acordo com ele, menos de 10% da concessão de Araxá foi efetivamente perfurada e a perfuração foi limitada.

“Minas Gerais é uma jurisdição de mineração de primeira classe e estamos entusiasmados em adicionar um projeto de alta qualidade no Brasil ao nosso atraente portfólio de exploração de projetos de minerais críticos na Austrália Ocidental”, afirmou o presidente da St. George.

Para financiar a aquisição, acelerar a exploração no ativo Araxá e aumentar capital de giro, a mineradora recebeu compromissos de investidores para levantar US$ 21,25 milhões por meio de uma colocação de 850 milhões de ações ordinárias a US$ 0,025 por ação. O executivo enfatizou que isso traz suporte para que a companhia possa alavancar com um projeto que já está avançado e se estabeleça como uma empresa relevante no mercado de nióbio, bem como no de terras-raras.

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