Economia

Bairro Luxemburgo tem os imóveis residenciais mais caros de BH, com metro quadrado a R$ 8,9 mil

Bairro supera Savassi e Funcionários e também registra aluguel mais caro da Capital, com valorização acima de 70% nos últimos 12 meses
Bairro Luxemburgo tem os imóveis residenciais mais caros de BH, com metro quadrado a R$ 8,9 mil
Foto: Diário do Comércio / Arquivo / Charles Silva Duarte

O bairro Luxemburgo, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, registrou o preço médio de venda de imóveis residenciais mais elevado da Capital mineira, alcançando R$ 8.986 por metro quadrado (m²) no segundo trimestre de 2025. O Relatório de Compra e Venda do Grupo QuintoAndar ainda aponta que a região onde o bairro está localizado também é a mais cara, com valor médio de R$ 6.530,60/m².

O estudo mostra que o preço médio do metro quadrado no bairro Luxemburgo superou valores apresentados por outros bairros tradicionalmente mais caros de Belo Horizonte, como Savassi (R$ 8.302/m²) e Funcionários (R$ 8.277/m²).

De acordo com o levantamento, essa ascensão do bairro ao topo do ranking reflete um movimento de intensa valorização e procura por imóveis de alto padrão na região. O Luxemburgo é conhecido pela infraestrutura completa, tranquilidade e localização estratégica, e tem atraído novos empreendimentos e um público com alto poder aquisitivo, impulsionando o aumento dos preços.

O gerente de dados do QuintoAndar, Thiago Reis, destaca que a valorização do Luxemburgo é um fenômeno já observado há alguns trimestres. Segundo ele, a combinação de apartamentos modernos e espaçosos com a conveniência de estar próximo de centros comerciais, parques e das principais vias da Capital criou uma demanda muito forte na região.

“O bairro conseguiu agregar atributos de exclusividade e qualidade de vida que o fizeram ultrapassar áreas historicamente mais caras”, analisa.

Veja os dez bairros de BH com os imóveis residenciais mais caros:

  • Luxemburgo – R$ 8.986/m²;
  • Savassi – R$ 8.302/m²;
  • Funcionários – R$ 8.277/m²;
  • Lourdes – R$ 7.982/m²;
  • Prado – R$ 7.409/m²;
  • Santo Antônio – R$ 7.333/m²;
  • Anchieta – R$ 6.967/m²;
  • Castelo – R$ 6.738/m²;
  • Buritis – R$ 6.452/m²;
  • Sion – R$ 6.400/m².

Vale ressaltar que o bairro Luxemburgo também fechou o primeiro semestre deste ano com o aluguel residencial mais caro de Belo Horizonte. De acordo com dados da última edição do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb, o bairro fechou o mês de junho com valor médio de locação de R$ 68,70/m². Além disso, o Luxemburgo registrou a variação mais elevada tanto no segundo trimestre (38,6%) quanto nos últimos 12 meses (70,5%).

Bairros mais procurados e valorizados da capital mineira

Imagem do bairro Buritis, em BH
Foto: Site Adobe Stock

No entanto, conforme o relatório de compra e venda de imóveis residenciais, o Luxemburgo não figura entre os dez bairros mais procurados da capital mineira. Nesse caso, o bairro Buritis, na região Oeste, segue sendo o mais procurado para compra, seguido pelo Castelo, na região da Pampulha, e pelo Santo Antônio, região Centro-Sul, em um ranking formado por diferentes regiões da Capital.

Confira a lista completa:

  • Buritis;
  • Castelo;
  • Santo Antônio;
  • Cidade Nova;
  • Sagrada Família;
  • Gutierrez;
  • Anchieta;
  • Lourdes;
  • Sion;
  • Funcionários.

O bairro Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, registrou a maior valorização ao longo do segundo trimestre, com variação positiva de 43,7% no período. Em seguida aparecem Santo Antônio (37%), Serra (33,8%), Castelo (30,4%) e Centro (28,4%).

Por outro lado, o Gutierrez (-21,5%) e a Savassi (-12%) estão no topo da lista das maiores desvalorizações, seguidos por Padre Eustáquio (-3,9%), Grajaú (-2%) e Sagrada Família (-1,8%).

O estudo do Grupo QuintoAndar também mostra que a região Centro-Sul lidera o ranking das regiões com os imóveis residenciais mais caros da capital mineira, com preço médio de R$ 6.530,60/m². Logo em seguida aparecem as demais zonas:

  • Nordeste – R$ 5.297,60/m²;
  • Oeste – R$ 5.246,90/m²;
  • Pampulha – R$ 5.206,40/m²;
  • Leste – R$ 5.118,10/m²;
  • Noroeste – R$ 4.124,50/m²;
  • Norte – R$ 3.777,80/m².

Já a Pampulha demonstrou ser a região mais rentável da capital, com uma rentabilidade potencial de 6,8% ao ano (a.a.) com o aluguel dos apartamentos vendidos. Logo em seguida aparecem as regiões Norte (6,7% a.a.), Noroeste (6,4% a.a.), Oeste (6,1% a.a.), Nordeste (5,9% a.a.), Leste (5,7% a.a.) e Centro-Sul (5,5% a.a.).

Cenário do mercado imobiliário de Belo Horizonte

Prédio em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Foto: Brastock Images/iStock

O mercado de venda de imóveis residenciais em Belo Horizonte no segundo trimestre de 2025 manteve o crescimento dos preços dos contratos. Entre abril e junho deste ano, o preço mediano dos contratos fechados avançou 9,08% frente ao mesmo período de 2024 e subiu 1,05% em relação ao primeiro trimestre, fechando a R$ 5.333/m².

Já o valor médio dos anúncios veiculados na plataforma QuintoAndar aumentou 9,63% na comparação com o mesmo período do ano passado e cresceu 1,32% frente ao trimestre anterior. Dessa forma, o preço médio pedido pelos anunciantes na Capital ficou em R$ 5.674/m².

O preço dos imóveis à venda em Belo Horizonte variou abaixo da inflação ao longo do primeiro semestre deste ano. A alta dos contratos fechados no período foi de 1,33% em relação ao final de 2024. Já a inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 2,99% entre janeiro e junho.

A rentabilidade potencial com o aluguel dos apartamentos vendidos em Belo Horizonte encerrou o segundo trimestre em 6% a.a.. O grande destaque nesse quesito foram os imóveis com dois dormitórios, que registraram rentabilidade de 6,4% a.a., seguidos daqueles com três dormitórios (6% a.a.) e dos imóveis residenciais com apenas um quarto (5,9% a.a.).

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