Balança comercial brasileira tem superávit recorde de US$ 6,7 bi

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 6,675 bilhões em novembro, contra um déficit de US$ 1,110 bilhão no mesmo período do ano passado, informou o Ministério da Economia nesta quinta-feira. Este é o melhor resultado para o mês da série histórica iniciada em 1989. Pesquisa da Reuters com economistas apontava expectativa de saldo positivo de US$ 5,024 bilhões o período.
O número do mês passado é resultado de US$ 28,164 bilhões em exportações – 30,5% acima do observado em novembro de 2021 – e US$ 21,489 bilhões em importações – queda de 5,5%.
A dinâmica das exportações no mês foi explicada por uma alta de 8,0% nos preços dos produtos, na comparação com novembro de 2021, enquanto o volume vendido subiu 27,2%.
No recorte por atividade econômica, houve avanço nas exportações de agropecuária (60,8%), da indústria extrativa (34,4%) e da indústria de transformação (21,5%).
No mês, o desempenho das importações foi explicado por uma alta de 7,6% nos preços dos produtos, enquanto houve queda de 4,9% no volume comprado. Vale dizer que novembro de 2021 teve um dia útil a menos que o mesmo mês deste ano, o que impacta as comparações.
No acumulado de janeiro a outubro, a balança comercial brasileira registrou um saldo positivo de US$ 58 bilhões, patamar 0,7% menor do que o observado no mesmo período de 2021.
O resultado do ano é fruto de US$ 308,8 bilhões em exportações (+19,9%) e US$ 250,8 bilhões em importações (+25,5%).
Ministério da Economia revisou projeções da balança comercial
Em outubro, o Ministério da Economia revisou a projeção para o resultado da balança comercial brasileira no encerramento de 2022, de US$ 81,5 bilhões para US$ 55,4 bilhões, diante de um recuo na expectativa para exportações e uma alta na estimativa das importações.
O subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão, disse que com o encerramento do ano se aproximando, os dados da balança comercial estão alinhados às expectativas da pasta.
“Temos um ano de recordes para o comércio exterior brasileiro, com demanda mundial muito aquecida, sobretudo no primeiro semestre, e a demanda brasileira também, mas muito influenciado pelo preço”, disse.
Para Brandão, o ano deve ser encerrado com uma corrente de comércio (soma de exportações e importações) acima dos US$ 600 bilhões. Até novembro, o dado já somou US$ 560 bilhões.
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