Economia

Superávit da balança comercial de Minas Gerais cresce 14,8% em novembro

Na composição do saldo, as exportações alcançaram US$ 3,9 bilhões e as importações totalizaram US$ 1,6 bilhão
Atualizado em 4 de dezembro de 2025 • 19:32
Superávit da balança comercial de Minas Gerais cresce 14,8% em novembro
Foto: Paulo Whitaker/Reuters

A balança comercial de Minas Gerais registrou superávit de US$ 2,3 bilhões em novembro, conforme dados da plataforma Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). Em relação ao mesmo período de 2024, houve alta de 14,8%.

Na composição do saldo, as exportações alcançaram US$ 3,9 bilhões, avanço de 12,4%. Já as importações totalizaram US$ 1,6 bilhão, o que representa um aumento de 8,9%.

Entre os parceiros comerciais, a China ocupou a primeira posição do ranking de compradores do Estado, com US$ 1,3 bilhão, seguida pela Alemanha, com US$ 259,4 milhões. Os chineses também ficaram no topo da lista de fornecedores, com US$ 392,2 milhões, à frente dos norte-americanos, com US$ 251 milhões.

Na lista de produtos vendidos, o café não torrado liderou, com US$ 1,2 bilhão, e o minério de ferro e seus concentrados, com US$ 1,1 bilhão, ficaram em segundo lugar. Devido a uma valorização da commodity agrícola, o desempenho em 2025 tem sido positivo e o resultado mensal já era esperado, conforme a coordenadora de Facilitação de Negócios Internacionais da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Verônica Winter.

Ela chama a atenção para o fato de o Japão e a China terem ampliado os volumes de compras de café em 57% e 143%, respectivamente. “São mercados que têm importado bastante o nosso café”, destaca, citando que outros países também aumentaram as importações, como a Finlândia, Líbano e Letônia.

A quantidade de café vendido pelos mineiros aos Estados Unidos, por outro lado, recuou 71%, de acordo com a coordenadora, refletindo o “tarifaço” do governo norte-americano sobre o produto brasileiro. Nesse sentido, vale dizer que o presidente Donald Trump anunciou, neste mês, que o café do Brasil não terá mais sobretaxa para entrar no país, o que tende a impactar positivamente os próximos resultados da commodity.

“A expectativa é que regularize as exportações para os Estados Unidos dos produtos que foram isentos”, afirma. “Sem a tarifa vai facilitar a normalização do comércio”, reitera.

Já na pauta de itens comprados pelos mineiros, a liderança ficou com motores e máquinas não elétricos e suas partes (exceto motores de pistão e geradores), com US$ 117,5 milhões, e a segunda posição com adubos ou fertilizantes químicos (com exceção de fertilizantes brutos), com US$ 104,9 milhões. Conforme Verônica Winter, as importações do primeiro colocado do ranking foram, basicamente, para a indústria aeronáutica, e foi algo pontual.

Saldo sobe 4,7% no acumulado do ano

Com o resultado de novembro, o superávit da balança comercial de Minas Gerais desde janeiro chegou a US$ 24,4 bilhões, alta interanual de 4,7%. Nesse intervalo, os embarques subiram 6,4%, para US$ 41,4 bilhões, e os desembarques, 9,1%, para US$ 17 bilhões.

No acumulado do ano, a China também foi o principal destino das vendas do Estado, com US$ 14,5 bilhões, e a maior fornecedora, com US$ 4,3 bilhões.

Quanto aos produtos, o minério de ferro e seus concentrados ocuparam a liderança das exportações, com US$ 10,8 bilhões. Já os adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos), com US$ 1,1 bilhão, ficaram no topo das importações.

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