Banco do Nordeste amplia crédito em Minas e soma R$ 3,5 bilhões em empréstimos até setembro
 
                            Até setembro deste ano, o Banco do Nordeste já disponibilizou R$ 3,5 bilhões em contratos de empréstimos em Minas Gerais. O montante representa um aumento de 17,3% em relação ao mesmo período de 2024, o que equivale a R$ 520 milhões a mais investidos no Estado em 2025.
Segundo dados do Banco do Nordeste, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) foi a principal fonte de recursos da instituição, responsável por R$ 2,9 bilhões em contratos. O valor representa um crescimento de 23,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A superintendente em exercício do Banco do Nordeste em Minas Gerais, Clébia Torres, atribui o crescimento às taxas diferenciadas praticadas pela instituição.
“Hoje o mercado passa por um cenário de elevação das taxas de juros, impulsionado pela alta da Selic. No entanto, o Banco do Nordeste oferece um dos recursos mais acessíveis do País e se destaca por proporcionar ao cliente e ao comércio, contemplando todas as atividades, condições e taxas diferenciadas”, afirma.

Agricultura é o setor mais contemplado pela ampliação
Até setembro, a agricultura registrou o maior crescimento percentual nas contratações por segmento: 71,7% a mais de crédito em relação ao mesmo período de 2024, totalizando R$ 603,4 milhões em financiamentos.
“O Brasil é um dos países que mais produzem no setor agrícola. Observamos uma expansão significativa na base de grãos, como soja e milho, que têm crescido bastante. Em Minas, essa produção, antes concentrada na região Nordeste do Estado, vem se expandindo para o Jaíba”, avalia Clébia Torres.
Infraestrutura é o setor que mais demandou recursos
Na análise dos números absolutos, o setor de infraestrutura se destaca como o que mais demandou recursos: R$ 1,1 bilhão. O crédito foi destinado à duplicação da BR-116, concedida à Ecovias, para o trecho que liga Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, à divisa com o Rio de Janeiro.
“Esse trecho está dentro da área de atuação do Banco do Nordeste, que participou do projeto por meio de financiamento. Foram mais de R$ 500 milhões destinados apenas a essa obra”, ressalta a superintendente.
Na sequência aparecem os segmentos de pecuária e comércio e serviços, com R$ 629,6 milhões e R$ 518,9 milhões, respectivamente. Completam a lista dos investimentos no Estado os setores de:
- indústria: R$ 57,3 milhões;
- agroindústria: R$ 16 milhões;
- turismo: R$ 13,5 milhões;
- e pessoa física: R$ 11,9 milhões.
Mais de R$ 1 bilhão em microcrédito
Do total contratado até setembro, os programas de microcrédito do Banco do Nordeste — voltados a empréstimos de até R$ 21 mil — desembolsaram mais de R$ 1 bilhão em Minas Gerais. O Crediamigo respondeu por R$ 592,4 milhões, enquanto o Agroamigo somou R$ 547,9 milhões.
“O microcrédito atende principalmente à agricultura familiar e aos segmentos informais, como cabeleireiros, manicures e sacoleiras. Somos parceiros do governo federal em programas voltados a esse público, que tem crescido muito. Esse é o nosso diferencial: atender desde grandes empresas até pequenos produtores”, conclui Clébia Torres.
Desembolsos somam R$ 2,4 bilhões em Minas Gerais
O volume total de desembolsos também apresentou crescimento. De janeiro a setembro, foram aplicados R$ 2,4 bilhões em Minas Gerais, ante R$ 2,1 bilhões no mesmo período do ano passado — uma alta de 12,8%.
O setor de infraestrutura foi o que mais se destacou, concentrando R$ 877 milhões dos recursos concedidos. As micro e pequenas empresas também tiveram participação expressiva, respondendo por R$ 616 milhões dos desembolsos até setembro.
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