Economia

Bares e restaurantes de BH e região enfrentam alta no custo do gás de cozinha

Estabelecimentos sentem o impacto do reajuste de quase 10%, porém ainda não repassam o custo ao consumidor
Bares e restaurantes de BH e região enfrentam alta no custo do gás de cozinha
O cilindro cheio tem custado entre R$ 400 e R$ 680 nos bairros da Capital e RMBH, uma variação de 70% | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Restaurantes, bares e lanchonetes de Belo Horizonte e região metropolitana (RMBH) sofrem com o aumento do preço de abastecimento no gás de cozinha, reflexo do reajuste de 9,8% anunciado no início do mês pela Petrobras.

Muito comum nas residências, mas também utilizado por estabelecimentos comerciais, o botijão de 13 quilos foi encontrado com custos que variam entre R$ 85 e R$ 170 na RMBH, ou seja, uma variação de cerca de 100%. O mesmo botijão de 13 quilos, mas entregue pelas distribuidoras no próprio bairro, está custando entre R$ 97 e R$ 170, com uma variação de 75%.

Já o recipiente cheio na versão cilindro, também entregue no próprio bairro ou região, tem custado entre R$ 400 e R$ 680, praticamente uma variação de 70%. Já com relação ao cilindro vazio, o vasilhame pode custar R$ 160, mas podendo chegar a R$ 230 dependendo do bairro e do estabelecimento, com uma variação de 43%, segundo informações apuradas pelo Mercado Mineiro.

Ao todo, segundo o site de pesquisas e comparações técnicas, entre 18 e 20 de julho, 94 estabelecimentos entre distribuidoras e depósitos de gás por bairros da Capital e da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) foram consultados.

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Custos com o gás de cozinha se elevam após anúncio de reajuste de preço | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

“O aumento de gás de cozinha para o varejo é extremamente preocupante, devido a elevação quase que imediata dos custos das padarias, lanchonetes e restaurantes. Estes aumentos chegam ao consumidor, pois os estabelecimentos estão com a margem apertada e com baixas vendas. Prejudica todo o setor, assim como o aumento da gasolina. Todos estes aumentos são considerados e contribuem com a elevação de custo para o varejo”, considera o administrador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu.

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Reajuste não é repassado ao cliente

Proprietário de duas pastelarias na rua Rio de Janeiro, no Hipercentro da capital mineira, Maurício Sebastião Ferreira afirma que gastou R$ 1.034 somente com botijões neste mês, enquanto em junho ele havia desembolsado R$ 856.

“Tem ficado bastante caro, mas a gente tem feito de tudo para não repassar essa diferença (de custos) nos salgados e tortas para os nossos clientes. Mas, se continuar aumentando não tenho outra escolha”, diz.

À frente da Panificadora São Pedro, em Venda Nova, na Capital, Maria Elizabeth também usa o gás de 13 quilos e diz que comprou cinco botijões recentemente antes do anúncio da Petrobras. “Eu não sabia que iria ter esse aumento. Por um lado, não peguei a mudança de valor, mas se continuar assim não terá outro jeito”, afirma a empresária.

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