Economia

Barragem B3/B4 em Nova Lima deixa nível máximo de emergência

A estrutura está incluída no Programa de Descaracterização da Vale, que desde 2019 já investiu R$ 5 bilhões na eliminação de barragens
Barragem B3/B4 em Nova Lima deixa nível máximo de emergência
A previsão da Vale é não ter nenhuma barragem em estado crítico de segurança (nível 3) até 2025 | Crédito: Washington Alves/Reuters

A barragem B3/B4 da Mina Mar Azul, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), teve o nível de emergência reduzido de 3 para 2, eliminando o nível máximo de emergência. A remoção de mais de 50% dos rejeitos do reservatório somado ao avanço no processo de descaracterização resultou em melhores condições de estabilidade do barramento para o resultado da avaliação.

A principal etapa do processo de descaracterização é a remoção dos rejeitos, que seguirá sendo feita através de equipamentos operados remotamente, de forma que os trabalhadores se mantenham em ambientes seguros há 15 km da barragem. A previsão para conclusão do processo é 2025, dois anos antes do previsto inicialmente. 

A redução de nível de emergência da B3/B4 foi devidamente comunicada aos órgãos competentes, conforme as diretrizes estabelecidas no Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) da estrutura e na legislação vigente. São eles: Agência Nacional de Mineração (ANM), Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a auditoria técnica que acompanha os trabalhos na estrutura.

Processo de descaracterização

Apesar do avanço do processo e da estabilização da barragem, ela deve permanecer evacuada por determinação legal da ANM.

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A barragem está incluída no Programa de Descaracterização da Vale, que desde 2019 já investiu R$ 5 bilhões. A eliminação das estruturas em estado de emergência é uma das principais ações da mineradora para evitar rompimentos como o de Brumadinho. Somente neste ano cinco estruturas já foram completamente eliminadas. 

No total, das 30 que usam o método de construção com alteamentos a montante, 12 já foram eliminadas, sendo nove em Minas Gerais e três no Pará. Todas as barragens a montante da companhia no Brasil são objeto de avaliação por assessoria técnica independente e integram o Termo de Compromisso assinado em fevereiro deste ano com os Ministérios Públicos Estadual e Federal, Feam e Estado de Minas Gerais.

Declarações de Condição de Estabilidade

Além das cinco barragens a montante eliminadas neste ano e da redução do nível de emergência da B3/B4, oito estruturas da Vale tiveram suas Declarações de Condição de Estabilidade (DCEs) em 2022.

Com a evolução das medidas implementadas desde 2019, as barragens vêm avançando na melhoria da segurança. A exemplo do novo sistema de gestão das estruturas de disposição de rejeitos da empresa, direcionado pelos aprendizados com o rompimento da barragem em Brumadinho, além de melhores e mais rigorosas práticas internacionais, como as definidas no Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM, em inglês).

A previsão da Vale é não ter nenhuma barragem em estado crítico de segurança (nível 3) até 2025, e com a melhora nas condições de segurança da B3/B4, a empresa tem duas barragens em nível de emergência 3 atualmente, sendo a Sul Superior (Barão de Cocais) e a Forquilhas III (Itabirito), ambas em Minas Gerais.

Para fortalecer a cultura de prevenção nas comunidades onde se encontra, a Vale cumpre um cronograma de testes de sirenes e exercícios de simulação para orientar a população em caso de emergências, em alinhamento com as Defesas Civis Municipais. 

(*) Sob supervisão da edição

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