Economia

BDMG atuará como agente financeiro do FNDE

BDMG atuará como agente financeiro do FNDE
CREDITO: CHARLES SILVA DUARTE / Arquivo DC

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) fechou parceria com a Sudene para ser agente financeiro do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). A instituição mineira será o primeiro banco estadual a atuar com o fundo, que, atualmente, é operado pelo Banco do Brasil e pelo Banco do Nordeste. 

Os recursos do FDNE financiam empreendimentos de pessoas jurídicas na área de atuação da Sudene, como investimentos em infraestrutura e serviços públicos, em empreendimentos produtivos de grande capacidade de geração de novos negócios e em atividades produtivas. 

De acordo com o presidente do BDMG, Sergio Gusmão, o banco vai trabalhar na formulação de iniciativas que se enquadrem no FDNE. “A prioridade é financiar projetos que proporcionem emprego, inclusão social e benefícios ambientais, contribuindo para o desenvolvimento regional”.

Gusmão afirma ainda que “a expectativa é ganharmos escala no financiamento aos municípios do Norte e Jequitinhonha, aproveitando as potencialidades locais, como agricultura, energia limpa, mineração sustentável e turismo, apresentando-se como uma alternativa competitiva para impulsionar investimentos que gerem externalidades positivas, como emprego ou benefícios para o meio ambiente”.

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A ampliação da área da Sudene, que ganhou mais 78 municípios de Minas Gerais, localizados no Vale do Rio Doce, e quatro do Espírito Santo, motivou essa operação. ‘’Essa ampliação contribuiu. Mas mesmo antes disso, a nossa diretoria já realizava gestões para poder operar o fundo. Essa é uma demanda antiga dos atores produtivos locais e que, finalmente, conseguimos concretizar agora’’, diz Sergio Gusmão.

Regras

Segundo as regras do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste, o banco estadual poderá ter participação mínima igual a 20% dos investimentos totais previstos para o projeto. Os prazos de financiamento são de até 20 anos para iniciativas de infraestrutura e até 12 anos para os demais empreendimentos. Nessa conta já está incluído o período de carência, que é de até um ano após a data prevista para que o empreendimento comece a operar.

O presidente do BDMG ainda não tem previsão de quanto o banco vai receber para fazer as operações em Minas. “Ainda é um pouco prematuro afirmarmos. Estamos justamente trabalhando nesse pipeline de modo a prospectar projetos de impacto na região, que é uma das menos desenvolvidas do Estado. De 2019 até 2021, desembolsamos mais de R$ 380 milhões para as cidades mineiras cobertas pela Sudene. Como banco de desenvolvimento, o BDMG quer potencializar cada vez mais o volume de financiamento e esta parceria, inédita, vai abrir uma janela maior de oportunidades para isso’’, finalizou.

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