BDMG destina R$ 600 milhões de recursos do BEI para projetos no Estado

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) concluiu o desembolso de 120 milhões de euros, o equivalente a mais de R$ 600 milhões, para financiar projetos relacionados à sustentabilidade. O recurso foi captado por meio de uma parceria com o Banco Europeu de Investimento (BEI), e a maior parte, 90 milhões de euros, foi destinado a 62 projetos relacionados à energia renovável e eficiência energética.
Os outros 30 milhões de euros serviram para financiar projetos de micro, pequenas e médias empresas mineiras, principalmente aquelas afetadas durante o período da pandemia de covid-19, chegando a quase 3 mil empresários de 300 municípios mineiros.
Com esse montante obtido junto ao BEI, foram financiadas 56 novas usinas fotovoltaicas que contribuem para a diversificação da matriz energética do Estado. Esse investimento contribuiu para que Minas se tornasse líder em geração de energia solar no Brasil, passando de 500 megawatts (MW) em 2018 para 7 gigawatts (GW) neste ano. Além disso, com os projetos financiados, já são mais de 684 gigawatts-hora (GWh) produzidos por ano em eletricidade produzida nas novas usinas solares.
O apoio na oferta de financiamento a esse setor energético amplia a liderança de Minas Gerais no cenário nacional. Com os projetos financiados com recursos do BEI, são mais 684 GWh/ano em eletricidade produzida nas novas usinas solares. Atualmente, o Estado é um dos líderes no ranking brasileiro em energia solar fotovoltaica na modalidade geração distribuída e alcançou 100% das suas cidades com esse tipo de geração.
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O recurso também possibilitou a liberação de crédito para a construção de três centrais geradoras hidrelétricas, dois projetos de iluminação pública e um projeto de biomassa. Essas iniciativas, todas no âmbito da sustentabilidade do BDMG, foram desenvolvidas em 57 municípios mineiros.
O vice-presidente do BDMG, Antônio Claret, relata que os recursos do contrato com o banco europeu proporcionaram ao BDMG oferecer crédito de longo prazo e a custos acessíveis para empresas de diferentes portes e setores no Estado. “Além de benefícios ambientais e financeiros claros, a iniciativa também gerou novos postos de trabalhos em função dos investimentos realizados durante a execução dos projetos e também após a conclusão deles”, completa.
Claret lembra que 40 das 57 cidades que receberam financiamentos a esses projetos sustentáveis com recursos do BEI têm IDH abaixo da média brasileira. “É uma oportunidade de o BDMG apoiar o desenvolvimento onde o Estado mais precisa”, declara.
Já o vice-governador, Professor Mateus Simões (Novo), destaca o potencial de Minas Gerais para crescer e liderar o processo de transição para uma energia limpa, sem emissões de CO2. “Temos quase 100% da nossa matriz energética de fontes renováveis. E um dos nossos destaques é justamente a energia fotovoltaica. Minas tem a maior geração de energia solar do país, muito em função desse financiamento do BDMG que possibilitou essa expansão nos últimos anos”, aponta.
O êxito da parceria com o BEI, entre assinatura de contrato e desembolso total dos recursos, de apenas quatro anos, será apresentado pelo vice-presidente do BDMG, Antônio Claret Junior, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), em Dubai, nos Emirados Árabes.
Histórico da parceria BDMG e BEI com projetos sustentáveis
O contrato inicial do BDMG com o BEI foi assinado em 2019 e previa o desembolso de 100 milhões de euros em recursos destinados exclusivamente para energia renovável e eficiência energética. Essa foi a maior operação internacional da história do banco mineiro na época e a primeira do banco europeu em Minas Gerais. No mesmo ano, durante a COP 25, em Madri, foi assinado um memorando de entendimento para reforçar a cooperação entre as duas instituições.
No ano seguinte, houve a flexibilização da utilização dos recursos, devido à crise sanitária causada pela pandemia de covid-19. Já em 2021, durante a programação paralela da COP 26, foi oficializado acréscimo de 20 milhões de euros do limite do contrato original.
Em maio deste ano, ambos os bancos celebraram a marca de 100 milhões de euros em desembolso. Os outros 20 milhões de euros foram concluídos em outubro deste ano. (Com informações da Agência Minas)
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