Economia

BDMG capta US$ 100 mi junto ao CAF

BDMG capta US$ 100 mi junto ao CAF
Crédito: Alisson J. Silva/Arquivo DC

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) firmou um contrato com o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) para disponibilização de US$ 100 milhões (equivalente a cerca de R$ 510 milhões na cotação atual). A captação foi concluída na sexta-feira (18), com a efetivação do desembolso, em única parcela, do banco multilateral para o banco mineiro.

A estratégia do BDMG é que os recursos sejam alocados em linhas de crédito para micro, pequenas e médias empresas do Estado, com prazos de pagamento de até seis anos, como forma de minimizar os efeitos socioeconômicos causados pela pandemia e também reativar a recuperação econômica. Em 2020, em função deste cenário, o banco bateu recorde histórico de recursos captados no mercado: mais de R$ 2 bilhões, o triplo do recorde anterior, registrado em 2014.

De acordo com o presidente do BDMG, Sergio Gusmão, o banco tem buscado abrir oportunidades para diversificar a origem dos recursos que integram suas linhas de crédito. “Nos dois últimos anos, intensificamos as parcerias com organismos internacionais de fomento, como o CAF, visando atrair recursos para reforçar o patamar de liquidez do empreendedor e apoiar a recuperação econômica do Estado”, afirma.

Conforme Jaime Holguín, representante do CAF no Brasil, a instituição vem atuando de forma anticíclica para apoiar os países da região a mitigar os efeitos da pandemia e apoiar no processo de reativação econômica. “Durante o ano desafiador de 2020, o CAF intensificou a atuação com os bancos e agências de desenvolvimento no Brasil e esta nova operação com o BDMG reforça a estratégia da instituição de dirigir recursos às micros, pequenas e médias empresas da região em vista de assegurar que os recursos cheguem à última milha”, afirmou.

 

Parceria O CAF, que é o segundo banco multilateral que mais opera financiamentos na região sul-americana, foi o primeiro multilateral a assinar um contrato de empréstimo com o BDMG, em 2013, também no valor US$ 100 milhões. Estima-se que mais de 5 mil empresas tenham sido contempladas até 2015, quando o desembolso destes recursos foi concluído.

Nos primeiros 11 meses de 2020, em função da alta demanda gerada pelos impactos da pandemia, o BDMG atendeu cerca de 13 mil micro, pequenas e médias empresas, para as quais foram destinados recursos de origens diversas no montante de R$ 1,58 bilhão. O volume é recorde na história do banco e 341% maior do que o desembolsado para estes segmentos, no mesmo período de 2019.

Fundado em 1970 e atualmente composto por 19 países – 17 da América Latina e Caribe, juntamente com Espanha e Portugal – e 14 bancos privados, o CAF, além de ser uma das principais fontes de financiamento multilateral, é também importante gerador de conhecimento para a região. Desenvolvimento sustentável e integração regional estão entre seus objetivos, por meio do financiamento de projetos nos setores público e privado, prestação de cooperação técnica e outros serviços especializados. (Agência Minas)

BNDES recebe crédito de US$ 750 mi

Rio de Janeiro – Já está na conta do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) empréstimo concedido sexta-feira (18) pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no valor de US$ 750 milhões (cerca de R$ 4 bilhões) para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) brasileiras. Com a contrapartida de US$ 150 milhões por parte do BNDES, serão destinados recursos para as MPMEs nacionais de quase R$ 5 bilhões. O anúncio foi feito pelo banco brasileiro.

Os recursos viabilizarão financiamento a mais de 20 mil empreendedores, que poderão acessar os recursos por meio das linhas disponíveis no BNDES, incluindo plataformas digitais. O crédito será utilizado também no fomento a soluções inovadoras de fintechs (empresas que oferecem serviços financeiros de baixo custo, normalmente por meio digitais como Internet e maquininhas), com o objetivo de facilitar o crédito para as MPMEs.

Pandemia – Segundo destacou o BNDES, por meio de sua assessoria de imprensa, a operação ganha importância diante dos impactos trazidos pela pandemia do novo coronavírus e da necessidade de proteger os empreendedores nacionais do segmento das MPMEs que representam entre 41% e 53% das vagas de emprego no País.

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, destacou a parceria de longa data existente com o BID para apoio a esse segmento empresarial. “Esse apoio vai ajudar a levar a pequenas e médias empresas ganhos de produtividade, sustentabilidade e solidez financeira, apoiando esses que são os nossos heróis nacionais”, disse Montezano.

Na avaliação do presidente do BNDES, a operação com o BID reforça também as iniciativas de digitalização em curso no banco, entre as quais o PEAC Maquininhas (modalidade de crédito garantido por vendas com máquinas de pagamento digital) e um fundo de crédito para fintechs, que oferece apoio mais ágil para as empresas, principalmente as de menor porte.

Para o representante do BID no Brasil, Morgan Doyle, o cenário trazido pela pandemia do novo coronavírus exige a combinação de forças ”para preservar o emprego, a renda e a capacidade produtiva, em especial em um contexto em que abrir uma empresa custa tempo e dinheiro que não podemos nos permitir desperdiçar. Nesse sentido, contar com a solidez e a presença nacional do BNDES é fundamental”, concluiu.

A operação integra recursos totais de US$ 1,88 bilhão (quase R$ 10 bilhões) que o BID destinou este ano para recuperação econômica de micro, pequenas e médias empresas no Brasil, diante da crise causada pela pandemia. (ABr)

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