BDMG deve concluir desembolsos de mais R$ 100 mi do BEI até o fim do ano

O governador Romeu Zema e o presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto, receberam nesta quarta-feira (31) o economista português Ricardo Mourinho Félix, vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), maior banco público multilateral do mundo.
No encontro, eles celebraram a conclusão pelo BDMG do desembolso do contrato de 100 milhões de euros, cerca de R$ 500 milhões, assinado em 2019. Até o final do ano, outros 20 milhões de euros, cerca de R$ 100 milhões, referentes a aditivo ao contrato em 2021, serão liberados para projetos sustentáveis.
Também participaram do encontro na sede do banco, em Belo Horizonte, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, o vice-presidente do BDMG, Antônio Claret Junior, o diretor comercial Rômulo de Freitas e integrantes da comitiva do BEI.
O contrato, que na época foi a maior operação internacional da história do BDMG e o primeiro do Banco Europeu de Investimento (BEI) em Minas Gerais, financiou 49 projetos que contribuíram para a diversificação da matriz energética, pois a maioria deles é para a geração de energia solar.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
Os recursos chegaram a todas as regiões do Estado, principalmente à região Norte, que recebeu crédito para a implantação de 12 projetos de usinas fotovoltaicas, também conhecidas como fazendas solares. Cumprindo o objetivo de apoiar quem mais precisa, o BDMG financiou naquela região projetos em Manga, Janaúba, Montes Claros, Jaíba, Verdelândia, Brasília de Minas, Capitão Enéas e São João da Ponte.
“Mais do que uma prova da eficiência do BDMG, a parceria com o banco europeu sinaliza o nosso compromisso em contribuir para o desenvolvimento sustentável de Minas. Oferecemos crédito verde para empresas de todos os portes e para os municípios. Atuamos regionalmente e com parâmetros mundiais. Estamos finalizando essa primeira parceria com o BEI e acreditamos em oportunidades futuras. O BEI é extremamente relevante para nós”, afirmou o presidente Gabriel Viégas Neto.
“Este projeto é um exemplo perfeito das prioridades do Banco Europeu de Investimento no Brasil: promover o crescimento econômico sustentável e inclusivo por meio do aumento de investimentos que visam à redução das emissões de CO2. Estamos felizes por ter juntado forças com o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais para atingir esses objetivos e contribuir para o desenvolvimento de fontes renováveis de energia no Brasil”, ressaltou o vice-presidente do BEI, Ricardo Mourinho.
BDMG amplia conceito de sustentabilidade
O acordo com o banco europeu, previsto no contrato inicial de 100 milhões de euros, seria destinar os recursos exclusivamente para energia renovável e eficiência energética. Em outubro de 2020, no entanto, em função da pandemia de Covid-19, o conceito de sustentabilidade foi ampliado.
O BDMG e o BEI assinaram um aditivo que permitiu alocar até 30 milhões de euros para auxiliar micro, pequenas e médias empresas mineiras no período emergencial.
Dessa forma, cerca de 70 milhões de euros foram destinados aos 49 projetos que receberam financiamentos a partir do contrato com o banco europeu. Deles, três projetos são de centrais de geração hidrelétrica, um projeto de iluminação pública, um de geração de energia a partir da biomassa e 44 são de usinas fotovoltaicas.
O incentivo a projetos de energia renovável reforça o protagonismo de Minas Gerais, que se tornou principal polo de geração de energia solar do País, segundo Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A partir de uma calculadora de emissões desenvolvida pelo BDMG em parceria com a WayCarbon, estima-se que, além dos tributos gerados e empregos estimulados, os projetos têm reduzido, por ano, quase 340 mil toneladas de CO2 emitidos na atmosfera.
Esse valor corresponde a uma economia de cerca de 300 milhões de quilômetros rodados por um ônibus urbano a diesel, o que mostra a contribuição efetiva dos financiamentos do BDMG à preservação do meio ambiente.
Visita à usina fotovoltaica
Além do encontro na sede do BDMG, representantes do BDMG e do BEI visitaram nesta quarta-feira uma usina fotovoltaica em Baldim, na região metropolitana da Capital. A Remotia foi um dos primeiros clientes a serem financiados com a linha do BDMG Sustentabilidade, criada para o desembolso dos recursos captados junto ao BEI.
O empreendimento, que está em operação desde 2021, tem 2,66 MW de capacidade instalada e gera aproximadamente 5 mil MWh/ano de energia elétrica. O BDMG também financiou a implantação de uma outra usina da empresa em Sacramento, no Triângulo Mineiro, já em operação.
Ouça a rádio de Minas