BDMG fecha trimestre com 2º maior desembolso de sua história

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) encerrou o primeiro trimestre com o segundo maior desembolso de crédito de sua história e o maior em sete anos para o período. Ao todo, foram liberados R$ 504,4 milhões em financiamentos. O volume é 76% superior ao mesmo período de 2021 e foi puxado pelos empréstimos ao agronegócio, que somaram R$ 267,9 milhões nos primeiros três meses deste exercício.
Para o presidente do banco de fomento, Marcelo Bomfim, a tomada de crédito deverá se manter aquecida pelos próximos meses e levará a instituição a novos recordes ao final de 2022. No ano passado, os desembolsos chegaram a R$ 1,92 bilhão, gerando o maior lucro líquido da história do BDMG: R$ 232 milhões.
“Os números do trimestre são muito relevantes. Além dos R$ 504,4 milhões desembolsados, foram adicionados R$ 392,7 milhões à produção de Minas, gerando e mantendo quase 6 mil empregos desde o começo de 2022. E, mesmo diante de todo esse cenário de endividamento e taxas de juros elevadas, a tendência é que nosso desembolso mantenha a cadência no restante do exercício. Estamos trabalhando para superar os volumes do ano passado”, afirmou.
Ainda em relação ao desempenho nos primeiros três meses do ano, houve aumento de 17% na base de clientes atendidos. O número passou de 1.060 para 1.276 entre os dois primeiros trimestres. Conforme o banco, esses clientes são provenientes de 299 cidades mineiras, 76% delas com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) inferior à média brasileira. A instituição também estima que os recursos liberados no período tenham gerado R$ 14,7 milhões em ICMS.
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Micro e pequenas empresas lideram
Bomfim também informou que entre os destaques do período de janeiro a março de 2022 está o crescimento de 112% do desembolso para micro e pequenas empresas. O valor emprestado chegou a R$ 108 milhões e foram atendidos 1.124 clientes. “Cerca de 90% dos nossos clientes são micro e pequenas empresas. Por isso, temos um direcionamento forte de recursos para essa fatia do mercado, sem, claro, descuidarmos do apoio às médias e grandes que também impulsionam a economia do Estado”, disse.
Contribuiu para o resultado de desembolso para micro e pequenas, o lançamento, em janeiro, de uma linha de crédito emergencial – no âmbito do programa Recupera Minas, do Governo de Minas – com condições especiais para pequenos negócios localizados em cidades que decretaram emergência ou calamidade devido às chuvas. O programa também impulsionou a tomada de crédito por parte dos municípios no período.
O volume de crédito para investimentos, em geral, liderado por médias e grandes empresas e setor público, cresceu 59%, chegando ao final do trimestre a R$ 122,8 milhões. A partir do programa, o BDMG também ofertou crédito emergencial, como foco em recuperação de infraestrutura e habitação popular, para prefeituras de cidades impactadas pelas chuvas do início do ano.
O banco também lançou um novo edital com orçamento de R$ 300 milhões, com condições especiais e novos itens financiáveis (estradas vicinais, pontes, projetos de cultura, lazer e turismo) para municípios investirem em infraestrutura e melhoria dos serviços públicos. “Apenas o Recupera Minas permitiu o desembolso de R$ 157 milhões, considerando empresas e municípios”,completa o presidente.
Desembolsos para energias renováveis
Outros dados destacáveis do primeiro trimestre dizem respeito aos empréstimos referentes a projetos de energias renováveis. Segundo o presidente do banco, projetos de sustentabilidade no Norte do Estado e no Centro-Oeste mineiro demandaram volume de recursos 263% maior que no ano passado, totalizando R$ 75 milhões. Deste total, 47% foram para projetos de energia solar fotovoltaica.
“No âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, o BDMG tem o compromisso de contribuir para o estímulo a investimentos que contribuam para uma transição climática inteligente, capaz de aproveitar as potencialidades naturais do nosso estado. O potencial de geração de energia dos projetos que financiamentos nesse trimestre equivalem, por exemplo, ao consumo anual médio de 3.580 domicílios brasileiros”, ressaltou.
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