Economia

BDMG fecha trimestre com 2º maior desembolso de sua história

Desempenho positivo do banco foi puxado, principalmente, pelos empréstimos feitos ao agronegócio
BDMG fecha trimestre com 2º maior desembolso de sua história
Micro e pequenas empresas no Estado ficaram entre os destaques do período, com incremento de 112% nos desembolsos | Crédito: Charles Silva Duarte / Arquivo DC

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) encerrou o primeiro trimestre com o segundo maior desembolso de crédito de sua história e o maior em sete anos para o período. Ao todo, foram liberados R$ 504,4 milhões em financiamentos. O volume é 76% superior ao mesmo período de 2021 e foi puxado pelos empréstimos ao agronegócio, que somaram R$ 267,9 milhões nos primeiros três meses deste exercício.

Para o presidente do banco de fomento, Marcelo Bomfim, a tomada de crédito deverá se manter aquecida pelos próximos meses e levará a instituição a novos recordes ao final de 2022. No ano passado, os desembolsos chegaram a R$ 1,92 bilhão, gerando o maior lucro líquido da história do BDMG: R$ 232 milhões.

“Os números do trimestre são muito relevantes. Além dos R$ 504,4 milhões desembolsados, foram adicionados R$ 392,7 milhões à produção de Minas, gerando e mantendo quase 6 mil empregos desde o começo de 2022. E, mesmo diante de todo esse cenário de endividamento e taxas de juros elevadas, a tendência é que nosso desembolso mantenha a cadência no restante do exercício. Estamos trabalhando para superar os volumes do ano passado”, afirmou.

Ainda em relação ao desempenho nos primeiros três meses do ano, houve aumento de 17% na base de clientes atendidos. O número passou de 1.060 para 1.276 entre os dois primeiros trimestres. Conforme o banco, esses clientes são provenientes de 299 cidades mineiras, 76% delas com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) inferior à média brasileira. A instituição também estima que os recursos liberados no período tenham gerado R$ 14,7 milhões em ICMS.

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Micro e pequenas empresas lideram

Bomfim também informou que entre os destaques do período de janeiro a março de 2022 está o crescimento de 112% do desembolso para micro e pequenas empresas. O valor emprestado chegou a R$ 108 milhões e foram atendidos 1.124 clientes. “Cerca de 90% dos nossos clientes são micro e pequenas empresas. Por isso, temos um direcionamento forte de recursos para essa fatia do mercado, sem, claro, descuidarmos do apoio às médias e grandes que também impulsionam a economia do Estado”, disse.

Contribuiu para o resultado de desembolso para micro e pequenas, o lançamento, em janeiro, de uma linha de crédito emergencial – no âmbito do programa Recupera Minas, do Governo de Minas – com condições especiais para pequenos negócios localizados em cidades que decretaram emergência ou calamidade devido às chuvas. O programa também impulsionou a tomada de crédito por parte dos municípios no período.

O volume de crédito para investimentos, em geral, liderado por médias e grandes empresas e setor público, cresceu 59%, chegando ao final do trimestre a R$ 122,8 milhões. A partir do programa, o BDMG também ofertou crédito emergencial, como foco em recuperação de infraestrutura e habitação popular, para prefeituras de cidades impactadas pelas chuvas do início do ano. 

O banco também lançou um novo edital com orçamento de R$ 300 milhões, com condições especiais e novos itens financiáveis (estradas vicinais, pontes, projetos de cultura, lazer e turismo) para municípios investirem em infraestrutura e melhoria dos serviços públicos. “Apenas o Recupera Minas permitiu o desembolso de R$ 157 milhões, considerando empresas e municípios”,completa o presidente.

Desembolsos para energias renováveis

Outros dados destacáveis do primeiro trimestre dizem respeito aos empréstimos referentes a projetos de energias renováveis. Segundo o presidente do banco, projetos de sustentabilidade no Norte do Estado e no Centro-Oeste mineiro demandaram volume de recursos 263% maior que no ano passado, totalizando R$ 75 milhões. Deste total, 47% foram para projetos de energia solar fotovoltaica.

“No âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, o BDMG tem o compromisso de contribuir para o estímulo a investimentos que contribuam para uma transição climática inteligente, capaz de aproveitar as potencialidades naturais do nosso estado. O potencial de geração de energia dos projetos que financiamentos nesse trimestre equivalem, por exemplo, ao consumo anual médio de 3.580 domicílios brasileiros”, ressaltou.

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