Economia

BDMG fecha parceria de R$ 170 milhões com Banco Europeu para projetos de energia solar

Recurso será destinado ao financiamento de 22 projetos de energia fotovoltaica de empresas mineiras; expectativa é de redução de 12 mil toneladas por ano de CO².
Atualizado em 28 de maio de 2025 • 18:54
BDMG fecha parceria de R$ 170 milhões com Banco Europeu para projetos de energia solar
Foto: Reprodução Adobe Stock

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) fechou uma parceria com o Banco Europeu de Investimentos (BEI) no valor de € 27,5 milhões, cerca de R$ 170 milhões, que será destinado ao financiamento de 22 projetos de energia solar fotovoltaica de empresas mineiras. As iniciativas viabilizadas a partir do crédito do BDMG permitirão a redução da emissão de aproximadamente 12 mil toneladas por ano de CO₂.

Confira os municípios mineiros que receberão os projetos

  • Guaxupé
  • Carandaí
  • Matosinhos
  • Ponte Nova
  • Carmópolis de Minas
  • Nova Lima
  • Caeté
  • Caxambu
  • Sete Lagoas
  • São Francisco
  • Araxá
  • Monte Sião
  • Minduri
  • Ibiá

O novo contrato é mais um capítulo na parceria entre o BDMG e o banco europeu, reconhecido internacionalmente por sua atuação na pauta da sustentabilidade. Em 2019, foi assinado o primeiro acordo entre as instituições, no valor de € 120 milhões. Com esses recursos, já integralmente liberados, foram viabilizados 62 projetos de energia solar, que permitiram a redução anual de 44 mil toneladas de CO₂ ao ano.

O anúncio deste mais recente investimento ocorre na semana do Dia Mundial da Energia, celebrado nesta quinta-feira (29), reforçando a atuação de Minas Gerais, que é líder no setor. Ainda nesta semana, o Estado quebrou mais um recorde, ao alcançar 12 gigawatts (GW) de potência fiscalizada em energia solar.

De acordo com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, o marco de potência consolida o Estado como líder nacional do setor de energia solar e o coloca à frente de mais de 200 países. “Só chegamos a esses resultados porque nos preocupamos com os investimentos sustentáveis. Juntas, todas as usinas de energia solar do Estado respondem por 40% de toda a produção nacional”, afirmou.

“Estimular iniciativas com esse perfil, inclusive com linhas de crédito específicas, é uma prioridade no BDMG, alinhada à diretriz do governo do Estado de promover o desenvolvimento econômico e social de forma sustentável. O banco tem contribuído para a industrialização verde em Minas Gerais e no Brasil”, comentou o presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto.

Viégas Neto também lembrou que esses projetos representam uma oportunidade de desenvolvimento regional, já que diversos deles estão localizados em fazendas solares em cidades com menos de 20 mil habitantes e baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Energia solar lidera investimentos de eficiência energética do BDMG

Em 2024 o BDMG desembolsou R$ 279,2 milhões para energia limpa e eficiência energética. Os financiamentos de energias renováveis abrangeram tanto a geração distribuída, quanto projetos de maior escala voltados à comercialização de energia limpa. A maior parte dos investimentos se concentrou em energia solar fotovoltaica (R$ 130,9 milhões), cujos projetos somam capacidade instalada de 31,6 megawatts (MW).

Um exemplo disso está localizado Engenheiro Caldas, no Vale do Aço. A Multiluz Solar, junto à Solar Vale, conclui, ainda neste semestre, a instalação de uma usina fotovoltaica que deverá gerar mais de cinco milhões de kWh que serão injetados na rede elétrica da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). O volume reduzirá as emissões de CO₂ equivalentes a 12,9 milhões de toneladas de carbono ao longo de 20 anos, de acordo com a companhia.

Este projeto, chamado Vale do Aço I, recebeu R$ 12 milhões na linha de crédito BDMG Sustentabilidade BEI, criada a partir da parceria entre o banco mineiro e o europeu. O investimento total no projeto é de R$ 17 milhões.

O gerente do projeto, Marcos Vinícius Tavares, explica que a usina opera no modelo compartilhado, em que a energia gerada é alocada em um consórcio e distribuída para empresas e consumidores residenciais de diversas regiões do Estado.

“A comercialização da energia será entregue à uma empresa terceirizada, que fará a conversão do que é produzido em créditos para o usuário final, sejam eles comerciais ou residenciais”, destacou.

Além da contribuição ambiental, a obra para implantação da usina impactou na geração de 50 empregos diretos e indiretos. “A construção movimentou os hotéis e os restaurantes do entorno. Além disso, grande parte do material usado foi comprado nas redondezas, reforçando esse impacto na economia local. Se não fosse o apoio do BDMG, esse empreendimento não teria saído do papel”, observou Tavares.

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