BDMG registra o maior lucro líquido de sua história em 2021

Em 2021, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) registrou o maior lucro líquido da história, R$ 232 milhões, superando em 809% o valor de 2020 (R$ 25,5 milhões). O lucro recorrente chegou a R$ 142,2 milhões, aumento de 103% frente ao obtido no ano anterior.
Em relação aos desembolsos, o BDMG encerrou 2021 com um total de R$ 1,92 bilhão, atendendo a 4.918 clientes. Em comparação com o desembolso de 2020, houve um decréscimo de 32%. A queda se deve à implantação de programas de crédito emergenciais devido à crise sanitária provocada pela pandemia de Covid-19 em 2020. Comparando com 2019 (R$ 1,3 bilhão), ano antes da pandemia, as liberações cresceram 46%.
De acordo com o presidente do BDMG, Marcelo Bomfim, o resultado do banco em 2021 foi histórico. No que se refere ao lucro, o resultado veio da ampliação da carteira de clientes no ano anterior, aliada à gestão de provisões, controle de inadimplência e recuperação de créditos, além do efeito de indexadores econômicos.
“O BDMG teve um lucro de R$ 232 milhões, sendo o lucro recorrente de R$ 142 milhões resultado de algumas intervenções extraordinárias do balanço e uma recuperação de crédito do banco. O desembolso de quase R$ 2 bilhões foi muito importante em 2021 considerando o cenário econômico, a pandemia e todo esse cenário de repasse de governo federal na linha do Pronampe, especificamente ao atendimento às micro e pequenas empresas, que foram o grande foco de atuação do banco. É um resultado espectacular do BDMG”, explicou.
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Conforme o balanço divulgado pelo BDMG, considerando todo o período de pandemia, o banco acumula R$ 4,6 bilhões injetados na economia mineira, recursos que contribuíram para o fortalecimento, a recuperação e superação do cenário adverso, com atendimento a 16.449 clientes entre março 2020 e dezembro 2021.
Analisando os desembolsos por porte das empresas, R$ 311,9 milhões foram destinados a 4.522 micro e pequenas empresas, o que representa 92% do número de clientes atendidos pelo BDMG no período. Para as 153 médias empresas foi desembolsado R$ 586,6 milhões, enquanto para 49 empresas de grande porte, o montante foi de R$ 933,6 milhões.
ODS
Já para o setor público, foram R$ 91,8 milhões liberados para projetos em 203 municípios. Do total desembolsado, 93% estavam alinhados a pelo menos um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Além disso, foram realizados contratos com 261 municípios que somaram R$ 387 milhões. Desse valor, 46% serão destinados a 145 municípios com IDH menor que a média do Estado, com taxas reduzidas
“O banco, em 2021, teve uma posição muito especial para os municípios. Foram quase R$ 100 milhões só para projetos alinhados aos ODS e 93% do volume direcionados aos objetivos que tem como grande apelo à sustentabilidade. São projetos das cidades inteligentes, que cuidam dos resíduos sólidos, do saneamento, equipamentos para cidades e todo esse conjunto que formam a sustentabilidade ambietal”, explicou Bomfim.
O volume desembolsado para projetos de eficiência energética e energia renovável ficou 52% superior ao registrado em 2020, totalizando R$ 169 milhões. Os projetos de energia renovável para energia solar fotovoltaica (geração distribuída e autoconsumo) e hidrelétricas de pequeno porte alcançaram o montante de R$ 123,6 milhões, 26% superior a 2020. Do montante desembolsado para a geração de energia solar fotovoltaica, 44% se destinaram ao Norte de Minas.
“O Norte de Minas tem vários projetos em andamento. Para 2022 muitos projetos estão na nossa esteira. Vamos apoiar estes projetos, especialmente, no Norte de Minas, onde o sol está presente em todo o ano praticamente”, disse Bomfim.
Dos valores desembolsados pelo BDMG ao longo de 2021, 65% foram recursos próprios e oriundos de captações domésticas e internacionais, 33% foram de repasses e 2% de fundos. Com relação aos repasses, 68% foram recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) e 29% foram do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Quase metade dos recursos foi para o agronegócio
Entre os setores atendidos pelo BDMG, destaque para o volume de desembolsos realizados, em 2021, para o Comércio e Serviços, que atingiram R$ 1 bilhão e responderam por 52% do total. A Indústria da Transformação aparece em segundo lugar, com 26% dos desembolsos ou R$ 492,1 milhões, seguido do setor de Agricultura, Pecuária e Silvicultura, que representou 11%, com R$ 213,2 milhões.
Em 2021, 49% do desembolso do BDMG foram destinados ao segmento do agronegócio. Foram R$ 949,9 milhões em financiamentos realizados principalmente por meio de linhas que utilizam recursos provenientes da emissão de títulos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), do Funcafé e BNDES. O desembolso atrelado às linhas da LCA foi de R$ 466,5 milhões, ou 49% do total destinado ao agronegócio – uma diminuição de 1%, em relação a 2020.
Dentre os recursos destinados ao agronegócio, o Funcafé, produto destinado para o atendimento da cadeia cafeeira, representou 46% do desembolso para o agronegócio (R$ 434 milhões), uma redução de 4% em relação ao ano anterior. Com relação ao Ano Safra 2020/2021, o BDMG operou com o maior recurso de sua história voltado para o crédito ao setor cafeeiro: R$ 462,5 milhões, integralmente desembolsados.
“Quase 50% dos recursos desembolsados pelo BDMG, em 2021, foram direcionados para o agronegócio, que movimenta a economia e traz grande movimentação na cadeia produtiva do Estado”, disse o presidente do BDMG, Marcelo Bomfim.
Para este ano, as expectativas são positivas e o banco continuará trabalhando para obter os melhores resultados e contribuir para a sustentação do desenvolvimento do Estado.
“É muito importante que o banco tenha bons resultados, o que permite o apoio às micro e pequenas empresas, os investimentos feitos no Estado, a geração de empregos, o apoio aos municípios, os projetos de energia fotovoltaica e o apoio ao agronegócio. Então o banco espera um grande resultado também em 2022, pelo crescimento da carteira de crédito das micro e pequenas empresas, pelo incremento de receitas e pelo apoio ao desenvolvimento de Minas Gerais”.
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