Economia

Belo Horizonte está entre as capitais com maiores níveis de endividamento do Brasil

Número absoluto de BH só é menor que os de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal
Belo Horizonte está entre as capitais com maiores níveis de endividamento do Brasil
Crédito: Adobe Stock

As capitais brasileiras somam, atualmente, 12,738 milhões de famílias endividadas. Belo Horizonte é a quarta cidade no ranking dos maiores endividamentos do País, com 744,9 mil lares nesta situação.

À frente aparecem São Paulo, com 2,888 milhões; Rio de Janeiro, somando 2,028 milhões, e Distrito Federal, com 765,8 mil. Depois de BH, completando, o top 5, vem Fortaleza, com 712,4 mil.

Já na parte debaixo da tabela, a capital brasileira com o menor número absoluto de famílias endividadas é Palmas (76,439 mil). Em seguida aparecem: Rio Branco (82,503 mil), Macapá (86,127 mil), Vitória (109,322 mil) e Boa Vista (114,648 mil).

Os números do Brasil e de Belo Horizonte estão maiores. Em 2022 eram 682,194 mil famílias endividadas na capital mineira, e no ano passado, 744,540 mil. No País, os números eram respectivamente: 11,284 milhões e 11,955 milhões.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Os dados fazem parte de um estudo produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base em relatórios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e da própria entidade.

Quando considerado o índice de endividamento, no caso da média das capitais brasileiras o percentual está estável em relação aos últimos dois anos: 78% de lares endividados. Já no caso de Belo Horizonte, em 2024 o índice está em 90%, menor que em 2023, quando chegou a 94%, mas idêntico ao de 2022, quando também era de 90%.

Com isso, a capital de Minas Gerais só perde em termos de índice de endividamento para Vitória e Porto Alegre, ambas com 91% de suas populações endividadas. E, assim como Belo Horizonte, Curitiba e Boa Vista também possuem índice de 90%. Na outra ponta, Campo Grande e Salvador apresentam os menores percentuais em termos de endividamento: 66%.

Levando em conta esses dados, metade (52%) das famílias endividadas nas capitais brasileiras está localizada no Sudeste. O Nordeste concentra quase um quarto (19%) dessa fatia, enquanto as outras regiões compartilham o restante do crédito disponível.

A FecomércioSP atribui a estabilidade do índice de endividamento observada em âmbito nacional, mesmo com a alta dos números absolutos, ao aumento populacional dos centros urbanos nos últimos anos.

Isso porque, conforme a entidade, embora a proporção de casas endividadas tenha se mantido estável, a elevação do número de famílias impactou a quantidade de gente endividada nesses locais.

Já sobre as consequências desses movimentos, a federação ressalta que quanto maior o número de famílias convivendo com dívidas, mais caro fica o crédito no mercado, elevando também o risco de inadimplência, principalmente em um cenário de juros altos ou inflação pressionando o consumo.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas