Economia

Belo Horizonte é o 4º destino com as tarifas de táxi e de aplicativos de transporte mais caras

Em 2024, Belo Horizonte ocupava a terceira posição no ranking, atras apenas do Rio de janeiro e de São Paulo
Belo Horizonte é o 4º destino com as tarifas de táxi e de aplicativos de transporte mais caras
Foto: Alisson J. Silva/Arquivo DC

Belo Horizonte é um dos cinco destinos corporativos com tíquete médio mais alto para deslocamento via táxi e carros de aplicativo de transporte no Brasil. Um levantamento feito pela agência de viagens corporativas Voll mostra que o preço médio praticado na capital mineira foi de R$ 34 ao longo do primeiro trimestre deste ano.

Esse valor é o terceiro mais elevado, ficando atrás apenas do registrado no Rio de Janeiro e São Paulo – que estão empatados na liderança do ranking nacional com R$ 48 cada – e de Salvador (R$ 35). Outros destaques foram: Porto Alegre e Recife, ambos com R$ 30, e Curitiba, com média de R$ 27.

“Belo Horizonte é reconhecida por um formato de conectividade às áreas centrais por meio de grandes avenidas que possuem corredores de ônibus que, por sua vez, permitem trânsito por táxis. E como qualquer grande cidade, o fluxo é muito mais intenso em horários de pico, no começo da manhã e no final do dia, durante a semana”, relata.

O cofundador e diretor de negócios da Voll, Luiz Moura, explica que os fatores que a evolução da oferta de transportes por diferentes modais foi um dos fatores que contribuíram para esse valor médio apresentado pela Capital. Outro ponto importante é a infraestrutura disponível na cidade para acomodar esses tipos de deslocamentos.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Para o especialista, o tíquete médio da capital mineira está dentro do patamar considerado normal para o mercado, considerando os desafios relacionados à distribuição das zonas urbanas e a concentração das áreas comerciais e corporativas, como no Centro de Belo Horizonte.

Ele esclarece que os usuários de transporte urbano para fins corporativos fazem um percurso que começa nos limites do município e segue no sentido da região central, onde as empresas estão localizadas; retornando às extremidades da cidade no final do dia.

“Esse trânsito é ainda mais intenso no final do expediente corporativo, por volta das 17, a 19 horas, nos sentidos das residências para os moradores da cidade e para os viajantes que estão em Belo Horizonte, por visita ou a trabalho, no retorno para o aeroporto, para o embarque, para os seus destinos”, diz.

No primeiro trimestre do ano passado, Belo Horizonte ocupou o terceiro lugar na lista, ao lado de Fortaleza e Salvador, com R$ 33 cada; ficando atrás do Rio de Janeiro (R$ 47) e de São Paulo (R$ 46). Em seguida apareciam as cidades de Recife (R$ 31) e Porto Alegre (R$ 28).

Moura avalia que as existem algumas variantes que podem interferir tanto para aumento quanto para queda do custo de mobilidade em Belo Horizonte, como o preço do combustível, inflação e demais índices econômicos no contexto nacional e internacional. “Que farão, certamente, com que Belo Horizonte siga uma tendência nacional no custo do deslocamento”, completa.

Mudança de comportamento dos passageiros na escolha do transporte

Em todo País, a procura por táxis cresceu 11% nos três primeiros meses de 2025 frente ao mesmo período do ano passado. O preço médio do transporte por aplicativo apresentou um avanço no mesmo patamar, passando de R$ 35 para R$ 39 no período.

Entre os motivos para essa mudança de comportamento do turista corporativo no País, o cofundador e diretor de negócios da Voll, Luiz Moura, destaca o fato da infraestrutura de transporte terrestre por táxis nas grandes cidades brasileiras ser mais favorável aos passageiros, principalmente nos momentos de pico.

“Os corredores de trânsito exclusivo para ônibus e táxi permitem que os deslocamentos sejam feitos em menos tempo, impactando o custo final de cada corrida. Os trechos são percorridos pelos passageiros de forma mais ágil, a tarifa de táxi é, em alguns casos de uso, mais competitiva que a oferta dos aplicativos”, afirma.

Táxi-lotação compõem transporte coletivo em ruas de Belo Horizonte
Foto: Sarah Torres

Ele também avalia que o serviço de táxi tem evoluído positivamente nas grandes cidades, nos últimos anos, devido à concorrência. Segundo o especialista, a qualidade da frota e o nível de serviço prestado pelos motoristas de táxi foram impulsionadas pela rápida adoção do transporte por aplicativo.

“Desde o início da chegada no Brasil, os grandes apps têm combinado a oferta de mobilidade de forma prática com um atendimento por vezes diferenciado por parte dos motoristas credenciados”, completa.

Moura ainda destaca que nas áreas de desembarque dos principais aeroportos do Brasil, o acesso a táxis é mais imediato em relação às saídas de acesso para o transporte por aplicativo, o que impacta na a jornada do viajante corporativo.

Um exemplo citado por ele é o do terminal paulista da cidade de Congonhas, onde mesmo em horários de pico de chegada de voos, os viajantes corporativos eventualmente gastam menos tempo para embarcar em um táxi do que esperando a chegada de um motorista de aplicativo.

Isso porque os táxis possuem um ponto no piso superior do aeroporto, o mesmo de desembarque das aeronaves, enquanto os aplicativos de transporte estão presentes no piso inferior.

Para o dirigente da Voll, outro ponto importante a ser considerado é que os grandes aplicativos de transporte já oferecem a categoria “táxi” dentro de suas plataformas. “Esse fator facilita ainda mais a adoção deste serviço de transporte urbano nas grandes metrópoles brasileiras”, explica.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas