Economia

Belo Horizonte encerra primeiro semestre com inadimplência abaixo da média nacional

Mulheres e idosos encerraram o período liderando a inadimplência na capital mineira
Belo Horizonte encerra primeiro semestre com inadimplência abaixo da média nacional
Aquecimento do mercado de trabalho, desaceleração da inflação e Desenrola Brasil estão ajudando os belo-horizontinos a regularizarem os débitos | Crédito: Adobe Stock

Apesar do aumento de 4,63% na inadimplência no primeiro semestre de 2023, a capital mineira encerrou o período com menos inadimplentes que o resto do País, de acordo com levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH).

O volume de contas com pagamento em atraso no Brasil, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), cresceu 6,79% em julho deste ano, em comparação ao mesmo período de 2022. 

Em Belo Horizonte, conforme divulgado pela CDL/BH, houve redução de 0,1% na comparação de julho com junho de 2023.

O presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, lembra que a diminuição é uma tendência e destaca as condições que possibilitaram a regularização dos débitos por parte dos belo-horizontinos.

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“Desde maio deste ano temos observado uma desaceleração no crescimento de dívidas por CPF. A melhora do mercado de trabalho, a desaceleração da inflação e o programa Desenrola Brasil têm proporcionado às famílias quitarem seus débitos”, analisa. 

Inadimplência é maior entre mulheres e idosos

As mulheres lideraram a inadimplência na capital mineira durante o primeiro semestre de 2023. 

Conforme o levantamento da CDL/BH, elas correspondem a 51,6% dos consumidores com contas em atraso, enquanto os homens equivalem a 48,4%. 

O volume de dívidas entre o gênero feminino avançou 3,6% em julho, em comparação ao mesmo período de 2022. Entre os homens, o crescimento foi de 3,49%. O valor médio devido pelas mulheres é R$ 4.662,96 e pelos homens, R$ 5.037,76. 

“Dentre os fatores que contribuem para as mulheres serem as mais inadimplentes estão a disparidade salarial entre os gêneros, com homens ganhando 34,2% a mais que elas, e a taxa de desemprego que também afeta mais as mulheres”, explica Souza e Silva. 

Por faixa etária, os dados mostram que os idosos entre 65 e 95 são maioria entre os inadimplentes em Belo Horizonte (50,02%). 

Isso pode ser explicado uma vez que essa faixa populacional é a principal fonte de renda das famílias, além de possuir gastos elevados com a saúde e redução de renda com a aposentadoria. 

Entre a população de 40 a 49 anos houve um avanço de 4,85% na inadimplência. Já entre as pessoas de 30 a 30 anos, cresceu 2,3%, enquanto entre o grupo de 25 a 29 anos, o índice foi de 0,3%. Os jovens de 18 a 24 anos conseguiram quitar as contas em atraso e, por isso, recuaram 5,21%. 

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