Economia

Belo Horizonte pode receber eventos do G20

Eventos do G20 podem representar oportunidade de atração de investimentos para Belo Horizonte, por meio de ações do BH Invest
Belo Horizonte pode receber eventos do G20
Crédito: Reprodução

A capital mineira poderá receber eventos do G20 (Grupo dos Vinte) em 2024, ano em que o Brasil ficará responsável pela presidência do fórum de cooperação econômica internacional. “Nós estamos trabalhando para trazer eventos do G20 para Belo Horizonte. Tivemos alguns desdobramentos e já envolvemos a Prefeitura”, adiantou o diretor da TSX Group, Flávio Leite, durante o seminário internacional “Fazendo Negócios com a Índia”, que aconteceu ontem na capital mineira.

A presidência do G20, que alterna anualmente entre os membros do grupo, e é selecionada entre diferentes países. A presidência do grupo é responsável por reunir a agenda do G20 em consulta com outros membros.

A presidência brasileira começa em 1º de dezembro de 2023 e se encerra em 30 de novembro de 2024. Esta será a primeira vez que o Brasil assume o cargo desde a sua criação, em 1999. 

Para Leite, esta será uma oportunidade de mostrar a cidade ao receber pessoas de várias partes do mundo no evento do G20, o que pode ajudar a captar investimentos para a Capital. “Estamos desenhando com algumas empresas da área de saúde de Belo Horizonte o desenvolvimento de um hub na área. Ainda estamos no estágio inicial para fazer algo grande para Belo Horizonte”, conta.

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O executivo da TSX participou do seminário internacional “Fazendo Negócios com a Índia – Edição Belo Horizonte”, que aconteceu ontem no Renaissance Work Center, no bairro Funcionários, região Centro-Sul da cidade. A empresa foi uma das patrocinadoras do evento, que também tem o apoio de entidades como a Invest Minas, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), a Invest BH, entre outras.

Unidades de negócios

O executivo explica que o grupo TSX, que atua no mercado há mais de 30 anos, conta com quatro unidades de negócios: TSX Advisors, TSX Engineering, TSX International e TSX Invest. A TSX Invest, especificamente, é especializada na promoção de investimentos para a diversificação econômica de territórios. “Essa unidade trabalha muito próxima ao Invest Minas e à Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), no suporte e apoio a alguns projetos”, conta.

A metodologia desenvolvida pela empresa também dá suporte à Invest BH, que é uma agência privada do terceiro setor voltada para promoção de investimentos e diversificação produtiva na Capital e na região metropolitana. “A gente tem trabalhado muito forte na área de saúde e biotecnologia para fazer essa atração. Estamos buscando entender quais são os setores para os quais Belo Horizonte tem as grandes potencialidades”, diz.

Ele fez um balanço dos negócios neste ano. “O ano de 2023 foi um ano de desafios e oportunidades. A gente consolidou alguns negócios da empresa”, recorda.

De acordo com o executivo, complementarmente, a precursora TSX Advisors, cuida de grandes projetos na área fiscal, tributária e logística. Ele conta que alguns projetos estão saindo do papel, depois de algum tempo, nas áreas de mineração e siderurgia.

Vale dizer que, em 1992, o grupo atuava na assessoria em operações de comércio exterior. E há cerca de 20 anos, migrou o seu core business para a área de projetos empresariais estratégicos de médio e grande porte.

Fazendo negócios com a Índia

Durante o evento, o diretor da TSX Group ressaltou que a Índia, tema do encontro, tem uma demanda elevada em praticamente todos os setores. As grandes oportunidades de negócios com o país asiático, que é o mais populoso do mundo, com 1,428 bilhão de habitantes, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU) e conta com um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 3,25 trilhões, foram destacadas por vários participantes do evento, que reuniu empresários, especialistas da indústria, autoridades governamentais e diplomatas.

O presidente da Câmara de Comércio Índia Brasil (CCIB) e cônsul geral honorário da República da Índia no Rio de Janeiro, Leonardo Ananda Gomes, afirmou que o obstáculo da relação entre os dois países é o conhecimento mútuo. “O nosso objetivo é fazer de fato as coisas acontecerem”, avaliou. Ele destacou o trabalho de 20 anos da CCIB e ressalta que os próximos 20 anos serão ainda mais relevantes.

O presidente da Codemge, Thiago Toscano, por sua vez, falou do papel ativo no desenvolvimento de negócios de dois consulados no Estado: Itália e Índia. “O nome do evento deveria ser: ‘como é fácil fazer negócios com a Índia’”, disse.

Em 20 anos, as relações comerciais entre Índia e Brasil foram ampliadas, e a Índia passou de 26º destino para 10º maior destino das exportações do Brasil, com US$ 6,3 bilhões em 2022, conforme dados do “Perfil País Índia”, da ApexBrasil. Enquanto as exportações totais brasileiras para o mundo cresceram 8,4% ao ano, as vendas para o país asiático aumentaram 13,7%.

O fluxo comercial bilateral foi de US$ 15,2 bilhões no ano passado. Apesar dos avanços, ainda há potencial a ser explorado, já que a Índia representa 2% das exportações brasileiras e 3,3% das importações.

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