Economia

Belo Horizonte vai sediar Encontro Econômico Brasil-Alemanha

Evento reúne autoridades, empresários e formadores de opinião para debaterem sobre oportunidades de negócios
Belo Horizonte vai sediar Encontro Econômico Brasil-Alemanha
Rebecca Macedo: expectativa do EEBA é gerar bons negócios | Crédito: Divulgação

Belo Horizonte será a sede do Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA) – Edição 2023, que vai reunir autoridades, empresários e formadores de opinião para debaterem sobre as oportunidades de negócios, investimentos e cooperação bilateral entre os dois países. Em 2022, o Brasil foi o segundo país latino-americano que mais exportou para a Alemanha.

Essa será a 39ª edição do EEBA e ocorrerá entre os dias 13 e 14 de março no Minascentro. A gerente do Centro Internacional de Negócios da Fiemg e coordenadora da parte empresarial do encontro, Rebecca Macedo, conta que a expectativa é de que esse encontro possa melhorar o ambiente de negócios por meio de uma ampliação na pauta de comércio internacional e da atração de investimentos, beneficiando ambas as economias.

Vale lembrar que o Brasil é o segundo maior parceiro comercial da Alemanha na América Latina,  de acordo com dados do Comex Stat de 2022, com um comércio corrente entre eles de US$ 19,1 bilhões, representando um aumento de 16,4% na comparação com o ano anterior e o maior valor já alcançado desde 2014.

O evento será organizado pela Fiemg junto a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Federação das Indústrias Alemãs (BDI), com apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas). O tema do encontro será “Novas abordagens sobre energia, clima e digitalização” e abordará assuntos relacionados às cadeias de valores, sustentabilidade e economia circular.

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Quem estiver interessado em participar do EEBA, basta acessar o site da CNI e realizar a inscrição. Segundo Rebecca,  o evento terá plenárias, rodadas de negócios e visitas técnicas.

Ela acrescenta que o público-alvo dessa conferência são empresários alemães e brasileiros, autoridades e demais representantes dos dois países. A coordenadora da 39ª edição do EEBA espera um público de até 800 pessoas, sendo 100 alemães e 700 brasileiros.

A coordenadora da parte empresarial do encontro explica também que o evento será multissetorial, portanto, estarão presentes empresas do agronegócio, mineração, dos setores mecânico, químico, farmacêutico e também metalúrgico.

A expectativa é grande, já que o último dia do evento será  dedicado às rodadas de negócios entre empresários do Brasil e da Alemanha e também de visitas técnicas para os participantes.

Comércio entre Brasil e Alemanha

As exportações brasileiras para o país europeu no ano passado cresceram 24,3% em relação a 2021 com um montante de US$ 6,3 bilhões. Já as importações alcançaram US$ 12,8 bilhões, o que significou uma elevação de 12,9% frente ao ano anterior.

Os destaques nas exportações para a Alemanha em 2022 foram os produtos do agronegócio, mas a indústria automotiva e da mineração também apresentaram bons resultados.

Dentre os produtos, o café liderou o ranking, com 26,8% da pauta exportadora e US$ 1,7 bilhão. Em seguida aparecem os resíduos da extração do óleo de soja (US$ 1 bilhão) com 16,0% da pauta exportadora; minério de cobre (US$ 675,7 milhões) com 10,8%; partes de motores (US$ 195,6 milhões) com 3,1%; e as pastas celulósicas com US$ 174,4 milhões e 2,8% da pauta exportadora.

Por outro lado, os destaques entre as importações brasileiras nesse último ano foram mais diversificados em relação aos setores de origem, como produtos do setor químico, farmacêutico, produtos automotivos e insumos para o agronegócio.

Os compostos heterocíclicos – principalmente as matérias primas para defensivos agrícolas, plastificantes ou fármacos – resultaram em US$ 882,2 milhões em importações, representando 6,9% da pauta importadora. Os demais produtos do ranking foram: partes e acessórios de veículos (US$ 858,8 milhões) com 6,7%; adubos potássicos (US$ 843,8 milhões) com 6,6%; soros e vacinas (US$ 586,9 milhões) com 4,6%; e medicamentos embalados (US$ 522,8 milhões) com 4,1% da pauta exportadora.

*Atualizada em 06/02/2023, às 14h15.

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