Consumidores de Belo Horizonte pretendem controlar as finanças para o Dia dos Namorados

Os consumidores de Belo Horizonte prometem ser mais comedidos para o Dia dos Namorados. Na capital mineira, 33,49% pretendem comprar presentes para a comemoração da data, segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead). O resultado é 10,43% menor do que foi observado no ano passado (37,39%). Trata-se também da segunda queda consecutiva em Belo Horizonte.
Segundo o gerente de pesquisas da Fundação Ipead, Eduardo Antunes, os dados demonstram maior disposição das pessoas em controlar as finanças na comemoração da data este ano (leia a análise ao final do texto).
As mulheres estão mais dispostas aos presentes. O levantamento apontou que 39,29% das consumidoras têm intenção de presentear no Dia dos Namorados, frente a 27,36% dos homens.
Dentre quem está disposto a presentear na data, o valor médio a ser gasto com presentes está em R$ 157,53, uma redução de 3,96% em relação ao valor apurado no ano passado (R$ 163,76). Com uma pretensão de gastar R$ 161,21, em média, os homens estão dispostos a uma compra um pouco maior do que as mulheres, que esperam gastar R$ 155,11 em média.
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Pesquisa indica preferência por presentes entre R$ 100 e R$ 150
A pesquisa da Fundação Ipead também revelou que a menor parte dos entrevistados (4,11%) pretende gastar até R$ 50 com presentes, enquanto 19,18% pretende desembolsar de R$ 50 a R$ 100. O levantamento mostra que 34,25% dos consumidores de Belo Horizonte pretendem comprar presentes que custam entre R$ 100 e R$ 150.
Este contingente de consumidores, que pretendem presentear com valores entre R$ 100 e R$ 150 (a “faixa do meio” entre as cinco categorias de preços do levantamento da Ipead), foi o que apresentou a maior diferença em relação ao ano passado, quando esta faixa foi escolhida por apenas 15,12% dos entrevistados.
Na outra ponta, dos presentes de maior valor, 23,29% dos entrevistados responderam que pretendem adquirir presentes de R$ 150 até R$ 250, enquanto 19,18% tem a intenção de comprar presentes acima dessa faixa de preço.
Mais da metade pretendem gastar o mesmo que no último Dia dos Namorados
A quantidade de pessoas que pretendem gastar mais do que no ano anterior caiu de 26,83% no ano passado para 24,66% neste ano. Por outro lado, houve aumento no número de consumidores que esperam gastar o mesmo que no último Dia dos Namorados, de 45,12% para 53,42%, o maior percentual registrado nessa faixa na série histórica da pesquisa. A quantidade de consumidores que pretendem gastar menos caiu de 17,07% em 2024 para 15,07% em 2025.
A Fundação Ipead mostrou ainda que, na opinião da maioria dos consumidores (56,22%), os produtos e serviços voltados para o público feminino são mais caros do que os presentes voltados para o público masculino. Apenas 22,12% não veem distinção de preços nos presentes para públicos feminino e masculino, enquanto 6,9% consideram que os presentes para homens são mais caros.
Diminuição no valor médio indica controle das finanças pessoais
O gerente de pesquisas da Fundação Ipead ressalta que os dados demonstram maior controle das finanças pessoais entre os consumidores pesquisados pelo instituto, geralmente um mercado consumidor com renda de até seis salários mínimos.
“A gente pode afirmar que as pessoas estão tentando fazer um controle maior. Ou, então, ao fazerem mesmo esse controle, observam que as coisas estão mais caras e precisam economizar, seja porque a disponibilidade de dinheiro realmente está bem menor que a do ano passado, seja devido ao aumento de custos dos produtos que eles pretendem comprar”, disse Antunes.
Este maior controle financeiro é observado nas quedas do percentual de pessoas com intenção de presentear e na diminuição do valor médio dos presentes. Isso também pode ser verificado pelo aumento da opção pela faixa central no valor das compras, de R$ 100 a R$ 150, bem como na maior quantidade de pessoas que pretendem gastar nas compras o mesmo valor que foi despendido nos presentes do ano anterior.
“A gente tem um aumento substancial de muitos produtos, eles estão bem mais caros que no ano passado. Esse controle orçamentário também citou faixas de valor de presentes mais baratas que no ano passado. Isso mostra a propensão das pessoas a terem um gasto menor, a fazerem esse controle de valor para os presentes do Dia dos Namorados”, analisa o pesquisador.
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