Belo-horizontinos estão mais confiantes

Depois de quatro meses consecutivos de retração, agosto registrou crescimento do índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Belo Horizonte. O indicador, apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), alcançou os 76,3 pontos, frente aos 71,1 registrados em julho. Apesar do resultado positivo no período, o ICF ainda está abaixo da linha dos 100 pontos, o que indica insatisfação dos consumidores.
A mudança no índice de emprego atual, que mostra o nível de otimismo do responsável financeiro pelo domicílio em relação ao seu trabalho, foi o principal destaque em agosto. O item saiu de 91,6 pontos para 101,4 e é o único que passou de um grau de insatisfação para a faixa de otimismo.
Segundo a analista de pesquisa da Fecomércio-MG, Elisa Castro, além do resultado apontar que os consumidores têm notado certa estabilidade em relação ao mercado de trabalho, é também um comportamento esperado para o segundo semestre. A injeção de capital na economia com o pagamento do 13º salário e recursos do PIS/Pasep e o impacto de importantes datas comemorativas como Natal, Dia das Crianças e Black Friday no comércio, contribuem para aumentar o ânimo dos consumidores no final do ano.
“O segundo semestre costuma ser mais próspero para o comércio e as famílias sentem maior necessidade de consumir diante das datas comemorativas e do acréscimo de renda familiar”, afirmou Elisa Castro.
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Além do índice de emprego atual, seis dos sete itens que compõem o ICF apresentaram melhoras nos resultados. Os destaques são a perspectiva profissional, que passou de 86,1 em julho para 89 em agosto e a renda atual, que fechou o mês em 91,8, contra os 85,9 pontos do mês anterior. Apenas a avaliação do nível de consumo ficou estável, com 70,5.
Expectativas – Apesar do movimento natural de crescimento esperado para o índice de intenção de consumo das famílias durante o segundo semestre, a instabilidade do cenário político devido às eleições é um fator que pode aumentar a cautela dos consumidores e, consequentemente, influenciar a intenção de consumo das famílias.
“A tendência não é que esse índice só aumente de agora até o final do ano porque é possível que existam oscilações pensando no cenário político, medidas econômicas ou interferências internacionais que podem acontecer nesse período”, explicou Elisa.
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