Bepass passa a fornecer biometria facial para Arena MRV

A startup de solução de biometria facial, Bepass, está realizando testes na Arena MRV. A ação vai de encontro com a nova Lei Geral do Esporte, que obriga o uso da tecnologia de reconhecimento facial em arenas com mais de 20 mil pessoas. A nova legislação tem até dois anos para ser implantada.
Inicialmente, apenas profissionais da imprensa tiveram acesso ao sistema, mas agora já estão fazendo com credenciados. O início dessa parceria ocorreu na partida entre Atlético MG x Santos no dia 27 de agosto. A ideia é que a empresa assuma toda a estrutura do estádio no futuro.
A Bepass já é parceira da Sociedade Esportiva Palmeiras e fornece todos os equipamentos de reconhecimento facial para o seu estádio, o Allianz Parque. O resultado, já no primeiro jogo do ano, foi a ausência de cambistas e a rapidez e segurança na entrada.
Desta forma, o local se tornou o primeiro estádio do mundo com 100% de acesso por biometria facial, tendo em seu cadastro mais de 500 mil torcedores. O que coloca o Brasil em meio aos mais avançados polos tecnológicos em questão de segurança em acesso no mundo.
A tecnologia da biometria facial também elimina toneladas de papéis e plásticos para crachás, ingressos, entre outros, beneficiando o meio ambiente. A empresa calcula uma economia de, aproximadamente, 133 toneladas na emissão de carbono e a projeção é chegar até 3 mil toneladas no ano de 2027.
A Bepass está vivendo um momento de captação de investimentos na margem de R$ 2 milhões. A startup ainda espera um faturamento de R$ 3 milhões para este ano e cerca de R$ 8 milhões para 2024.
Implementação obrigatória
Além da Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597/2023), sancionada no dia 15 de junho, há também uma proposta em tramitação envolvendo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Ministério Público para tornar obrigatória a implementação do reconhecimento facial como medida de segurança em todos os estádios do País.
Vale ressaltar que o reconhecimento facial utilizado nos estádios é diferente daquele aplicado na segurança pública. Esse segundo é proibido na União Europeia devido aos riscos de erros, como falsos positivos, que podem ocorrer quando a pessoa não está bem posicionada, em situações de pouca iluminação ou em ângulos desfavoráveis como falando ao celular.
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