Fecomércio traça perfil socioeconômico da população idosa de BH

Nos últimos dez anos, a população belo-horizontina, assim como a brasileira, manteve uma tendência de envelhecimento, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Hoje, 14,7% dos moradores da capital mineira são idosos, fatia que equivale a cerca de 300 mil pessoas.

E, diante do novo cenário populacional, em que há redução dos indivíduos com menos de 30 anos, estima-se que até o ano 2100, cerca de 40% da população brasileira será composta por idosos. Para compreender as características deste grupo, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), realizou uma pesquisa que analisa os perfis de grupos, comportamento e estilo de vida.

O levantamento abordou pessoas de todas as regiões da Capital e revelou que 26,12% dos pesquisados possuem ensino médio completo, 25,87% têm ensino fundamental incompleto, 15,92% têm ensino médio incompleto, 14,68% têm ensino fundamental completo e 5,47% têm ensino superior completo. Além disso, 68,2% são aposentados ou pensionistas, sendo que 79,9% não trabalham.

Dos 20,1% que ainda se mantêm ativos trabalhando, a maioria (53,4%) o faz por conta própria. A pesquisa também mostrou que 6,3% dos idosos têm interesse em se requalificar para voltar à atividade profissional.

Renda e consumo na terceira idade

Em relação à renda familiar, a pesquisa revelou diferentes cenários. Dos idosos entrevistados, 16,9% possuem apenas uma renda em sua residência, com destaque para a faixa de renda de R$ 1.320 a R$ 2.640,00.

Além disso, 35,1% dos entrevistados disseram que a renda familiar é composta por duas pessoas, somando aproximadamente R$ 2.640,00 a R$ 3.960,00. Já 25,6% afirmaram que a renda familiar é composta por três pessoas, com uma renda aproximada de R$ 3.960,00 a R$ 5.280,00. E 15,2% disseram que a renda familiar é composta por quatro pessoas, também com uma renda aproximada de R$ 3.960,00 a R$ 5.280,00.

Consumo

No que diz respeito ao consumo, os idosos de Belo Horizonte têm preferência por lojas físicas, sendo que mais da metade (63,7%) não encontra dificuldades para realizar as compras. Produtos alimentícios, roupas e calçados, remédios e itens de higiene pessoal são os mais presentes nas listas de compras desse público.

Em relação aos meios de pagamento, o pagamento em dinheiro, no entanto, ainda é preferido por 43,8% dos idosos, seguido por cartão de débito (22,9%), cartão de crédito à vista (15,2%) e cartão de crédito parcelado (13,4%). O Pix aparece com apenas 4,2% na preferência de pagamento dos idosos.