BH Airport é o terceiro do País em recebimento de viajantes corporativos
O número de viagens corporativas realizadas por via aérea no Brasil cresceu 47% no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período do ano passado, mesmo diante da alta de 14% no ticket médio. O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (BH Airport), em Confins, na RMBH, é o terceiro do País que mais recebeu viajantes corporativos a partir de São Paulo.
Os dados são de um levantamento realizado pela Voll, maior agência digital de viagens corporativas do País, com uma base de 750 mil usuários de grandes empresas. De acordo com a pesquisa, o crescimento das viagens corporativas em Belo Horizonte está um pouco acima da média nacional, com cerca de 50% de incremento.
“Belo Horizonte tem acompanhado o ritmo dos principais centros, muito impulsionado também por grandes empresas que são líderes dos seus segmentos aqui em Minas Gerais. A gente tem visto em Minas o incremento superior até 50%”, conta o cofundador e CEO da Voll em Belo Horizonte, Luciano Brandão.
O estudo ainda traz um ranking dos cinco aeroportos que mais receberam viajantes corporativos, a partir de São Paulo, no período.
Foram eles:
- Rio de Janeiro (Aeroporto Santos Dumont),
- Curitiba (Aeroporto Internacional Afonso Pena),
- Belo Horizonte (Aeroporto Internacional de Belo Horizonte. em Confins),
- Brasília (Aeroporto Internacional de Brasília) e
- Porto Alegre (Aeroporto Internacional Salgado Filho).
“Quando a gente pensa num escopo nacional, o que a gente observa é que Belo Horizonte tem uma posição de muito protagonismo e que tem acompanhado também, nesse ano, o incremento dentro do nosso volume de viagens. Não só das empresas mineiras, que obviamente têm seus deslocamentos com origem aqui em Minas Gerais, mas também com empresas de outros estados que se deslocam muito para e de Minas Gerais”, explica Brandão.
Segundo ele, a expectativa para o restante do ano de 2025 é que Belo Horizonte se mantenha acima da média nacional, com um crescimento significativo das viagens corporativas partindo do BH Airport.
“O que a gente vê é que, mesmo em cenário econômico super complexo e adverso, Belo Horizonte tem empresas de vanguarda que impulsionam e que direcionam muito a economia. Isso seguramente é um ponto muito favorável para a Capital como destino de viagens corporativas e como polo emissor também”, projeta.
Mercado aquecido com turismo corporativo
O aquecimento do setor é confirmado por dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que apontam fevereiro deste ano como o mês de maior movimentação nos aeroportos brasileiros dos últimos cinco anos. Foram 7,2 milhões de passageiros em voos domésticos em todo o País, um aumento de 7% em relação ao mesmo mês de 2024.
“O mercado de turismo corporativo é muito tracionado por dias úteis, uma vez que é quando as empresas funcionam. Logo, os viajantes corporativos se programam para fazer negócios no período”, explica o cofundador da Voll, Luiz Moura.
O crescimento ocorre em um momento em que o turismo corporativo vem retomando seu espaço, impulsionado por um início de ano com mais dias úteis e pela revalorização dos encontros presenciais. Segundo ele, o calendário deste ano colaborou diretamente para o aumento da demanda.
“Ao considerarmos apenas o intervalo entre o réveillon e o carnaval, enquanto em 2024 nós tivemos 29 dias úteis até a sexta-feira antes do feriado, em 2025 foram mais de 40. As empresas não desperdiçaram esses dias para começarem a se programar para viagens apenas depois do carnaval, como costuma acontecer. O mercado corporativo aproveitou essa condição do calendário para fazer reuniões, eventos, convenções em outras cidades e fecharam mais negócios”, afirma Moura.
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