BH Airport movimentou US$ 2,5 bilhões

O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, localizado em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), estima que encerrou 2022 com a movimentação de mais de 50 mil toneladas de cargas domésticas e internacionais, o equivalente a aproximadamente US$ 2,5 bilhões em valor. Entre os segmentos que se destacaram no decorrer deste ano estão o de ciências da vida, energia, mobilidade, automotivo, mineração e de alimentação.
“Esse volume representa a potência do protagonismo do BH Airport e de Minas Gerais no cenário da logística nacional e global”, ressalta o gestor do Hub Logístico Multimodal do terminal, Marcelo Farias.
Nos últimos anos, as apostas e os investimentos da BH Airport no processo de transformação do aeródromo em hub logístico multimodal têm sido grandes. Farias destaca o desenvolvimento de soluções logísticas alinhadas com as necessidades de cada cliente.
“Com simplicidade e objetividade conseguimos ampliar a oferta de conectividade multimodal de cargas – interligando os mais diversos segmentos industriais e empresariais aos modais marítimo, rodoviário, ferroviário e aéreo, estimulando a cadeia logística e de comércio exterior de Minas Gerais”, afirma.
Os dados de movimentação do aeroporto mostram que de janeiro a novembro foram transportadas 48.067 toneladas de mercadorias, enquanto na mesma época do ano passado o volume chegou a 45.076 toneladas. Isso significa um aumento de 6,6% entre os períodos.
A estratégia da BH Airport é fortalecer e incentivar ainda mais a cadeia logística e de comércio exterior de Minas Gerais, fazendo do terminal uma das principais portas de entrada e saída de cargas no País. Para isso, a ideia é deixar de ser simplesmente um operador de carga aérea e se transformar em multimodal.
Hoje já existem movimentações de cargas marítimas e aéreas vindas de São Paulo e cargueiros semanais, que impulsionaram bastante as operações. E a intenção é alavancar cada vez mais, dado o potencial de crescimento.
Sob este aspecto, a concessionária defende que Minas conta com a maior malha rodoviária do País, uma representativa malha ferroviária, uma grande concentração de indústrias e empresas e o aeroporto é o único do Estado e da Região Metropolitana de Belo Horizonte com estrutura para receber aviões de grande porte.
Posicionado no coração do Brasil, a uma hora de voo das principais capitais do País – que representam aproximadamente 70% do PIB brasileiro –, o terminal favorece o desenvolvimento de novos negócios de modo a se posicionar como uma alternativa eficiente e competitiva para os mercados brasileiro e mineiro.
“Somos a rota mais curta de ligação para a América Latina via Panamá, chegando aos Estados Unidos, que também atendemos por um voo cargueiro semanal a partir de Miami, além de atingirmos a Europa com voos diretos de/para Lisboa, conectando Minas Gerais ao resto do mundo. Além da infraestrutura moderna e eficiente, somos representados por uma equipe técnica e de excelência, que disponibilizamos aos nossos clientes e parceiros”, diz a empresa em seu portfólio.
Investimentos
Para fortalecer ainda mais essa estratégia, a concessionária tem feito grandes investimentos na estrutura do aeroporto. No início do ano anunciou aportes de R$ 30 milhões em expansão para o processamento de cargas. Já agora em dezembro, apresentou uma nova modelagem para o Aeroporto Industrial, único do tipo no Brasil, em vistas de atrair novas empresas em 2023.
O DIÁRIO DO COMÉRCIO, inclusive, antecipou que um fundo de real estate vai investir R$ 350 milhões na iniciativa, que visa aumentar a atratividade do espaço alfandegado. Ao todo serão 122 mil metros quadrados de novos galpões, dos quais, 70 mil metros quadrados estarão dentro do Aeroporto Industrial.
Quando foi inaugurado em julho de 2020, a expectativa era que o empreendimento atraísse R$ 3,5 bilhões de investimentos e gerasse 40 mil empregos diretos e indiretos. No entanto, desde então, abriga apenas uma empresa: a Clamper Indústria e Comércio S/A. Na ocasião, o CEO da BH Airport, Kleber Meira, disse à reportagem que três ou quatro empresas deverão se instalar no Aeroporto Industrial em 2023.
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