BH-Tec busca recursos para expansão

Operando cima da capacidade instalada já há algum tempo, o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec) busca recursos para sua expansão. Cerca de R$ 15 milhões já estão garantidos para iniciar a construção de um anexo em 2024, via Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), mas a administração quer ir além.
De acordo com o diretor-presidente da instituição, Marco Aurélio Crocco Afonso, atualmente as áreas de pesquisa e desenvolvimento de 30 empresas ocupam o prédio, sendo que, ao todo, 33 funcionam de maneira associada ao parque, localizado na região Noroeste da Capital. Segundo ele, o foco da instituição é a tecnologia e inovação.
“Buscamos entregar para a sociedade empresas que tenham na inovação sua grande característica. É no parque tecnológico que você transforma a patente em nota fiscal. As áreas de convivência que propiciamos são fundamentais no processo de inovação”, frisou.
Fundado na década de 1990 em parceria pela UFMG, Sebrae, Fiemg, Governo do Estado e Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o BH-Tec contabiliza recordes e números robustos. Para se ter uma ideia, nos últimos cinco anos o faturamento ultrapassou a barreira do R$ 1 bilhão. E os 100% de ocupação culminou com a geração de 873 postos de trabalho diretos, apenas em 2022.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
Nesta segunda-feira (9), a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) visitou as estruturas do parque. A presidenta da comissão da ALMG, deputada Beatriz Cerqueira (PT), visitou cinco empresas localizadas no ambiente de inovação.
Ao todo, já passaram pelo BH-Tec 64 empresas, o que resultou, de 2017 a 2022, em quase 500 produtos gerados no parque tecnológico, sendo que parte deles já está no mercado. Minas Gerais possui outros quatro parques tecnológicos. No País são quase 60.
Empresas e produtos que se destacam no BH-Tec, em Belo Horizonte
Dentre eles, destacam-se os produtos da Pele Rara, empresa de produtos cosméticos dermoconstrutores, desenvolvidos pela farmacêutica e pesquisadora Cynthia Nara. Segundo ela, o ambiente propiciado pelo BH-TEC foi fundamental para o desenvolvimento de seu creme corporal, que atua ajudando pacientes com feridas provocadas por quimioterapia, radioterapia, psoríase e nas manchas do vitiligo.
Dona de 16 patentes, a FabNS é resultado de 20 anos de pesquisa, tendo sido capa da Nature, uma das revistas científicas mais importantes do mundo. Esta é a única empresa do Hemisfério Sul a fabricar o nanoscópio, e a sua primeira unidade acaba de ser vendida para a Universidade de Berlim.
“Já estamos buscando outros nanoprodutos e estávamos precisando de uma câmara termal para fazer uma pesquisa. E, por coincidência, aqui neste mesmo corredor tem uma empresa de câmaras termais e já pudemos pegar uma emprestada para fazer o que queríamos. É um ambiente de muita troca de experiências, conhecimentos e as tecnologias que saem daqui impactam as pessoas e elas nem se dão conta”, afirmou o pesquisador e co-fundador da empresa, Hudson Miranda.
Outras empresas visitadas pela parlamentar foram a Biosfera Soluções Sustentáveis, que oferece consultoria a empresas para transformação de resíduos em iniciativas sustentáveis; o Centro de Tecnologia de Vacinas (CT Vacinas), que está desenvolvendo a vacina SpiN-TEC contra a Covid-19; e a Wetlands, que faz o tratamento natural de águas, efluentes e lodos, prestando serviços de saneamento para empresas, municípios e indústrias. (com informações da ALMG)
Ouça a rádio de Minas