Economia

Belo Horizonte tem a refeição fora de casa mais barata do Sudeste

Estudo da ABBT revela que a capital tem terceiro menor preço médio da refeição completa entre as capitais do Brasil, mas valor cresceu 15% em um ano
Belo Horizonte tem a refeição fora de casa mais barata do Sudeste
Foto: Adobe Stock

Segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), Belo Horizonte possui o menor preço médio de refeição completa fora de casa entre as capitais da Região Sudeste.

O levantamento, conduzido entre março e maio de 2024 e divulgado neste mês de agosto, revelou que o valor médio de uma refeição completa na capital mineira, composta por prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e café, alcançou R$ 37,63, registrando um aumento de 15% em comparação ao ano anterior.

De acordo com a ABBT, esse valor faz de Belo Horizonte a capital mais acessível do Sudeste para refeições fora de casa. Em outras capitais da região, como São Paulo e Rio de Janeiro, os preços são consideravelmente mais altos, atingindo R$ 59,67 e R$ 60,46, respectivamente. Em Vitória, o valor médio ficou em R$ 54,67.

Ranking do preço das refeições nas capitais do Sudeste

  • Rio de Janeiro: R$ 60,46
  • São Paulo: R$ 59,67
  • Vitória: R$ 54,67
  • Belo Horizonte: R$ 37,63

Além das capitais, a pesquisa da ABBT também destaca os preços em outras cidades de Minas Gerais. Uberlândia, que é uma das principais cidades do Estado em termos de PIB, registrou o maior preço médio da refeição completa, com R$ 49,82, o que representa um aumento de 9% em relação a 2023.

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Com isso, a média estadual ficou em R$ 39,90, um crescimento de 11% em comparação ao ano passado.

Cenário nacional do preço de uma refeição completa fora de casa

No cenário nacional, o estudo da ABBT indica que o preço médio da refeição completa no Brasil ficou em R$ 51,61, uma alta de 10,8% em relação a 2023.

Florianópolis, com um valor médio de R$ 62,54, foi a capital com o maior custo, seguida por Rio de Janeiro (R$ 60,46) e São Paulo (R$ 59,67).

Por outro lado, além de Belo Horizonte, outras capitais, como Goiânia e Teresina, apresentaram preços mais acessíveis, com R$ 37,18 e R$ 36,46, respectivamente.

Preço médio da refeição completa nas capitais brasileiras

  1. Florianópolis: R$ 62,54
  2. Rio de Janeiro: R$ 60,46
  3. São Paulo: R$ 59,67
  4. Natal: R$ 56,18
  5. Recife: R$ 55,13
  6. Vitória: R$ 54,67
  7. Maceió: R$ 54,32
  8. Salvador: R$ 53,37
  9. Campo Grande: R$ 53,24
  10. Palmas: R$ 51,39
  11. João Pessoa: R$ 49,86
  12. Brasília: R$ 47,16
  13. Aracaju: R$ 46,50
  14. Cuiabá: R$ 46,40
  15. Manaus: R$ 46,28
  16. São Luís: R$ 45,94
  17. Porto Alegre: R$ 44,43
  18. Fortaleza: R$ 42,38
  19. Belém: R$ 41,44
  20. Belo Horizonte: R$ 37,63
  21. Goiânia: R$ 37,18
  22. Teresina: R$ 36,46

Custo da alimentação fora do lar cresce em todas as regiões

Conforme a ABBT, o custo da refeição fora de casa vem crescendo em todas as regiões do país, refletindo pressões inflacionárias e variações regionais nos custos operacionais dos estabelecimentos.  

A Região Sudeste registrou o maior valor, R$ 54,54, enquanto o Centro-Oeste e o Norte apresentaram os menores preços, R$ 45,21 e R$ 45,41, respectivamente.

Em relação às categorias de refeições, o “Comercial Completo” custa em média R$ 37,44, enquanto o “Autosserviço” é R$ 47,87. As opções “Executivo” e “à la carte” são mais caras, com preços de R$ 55,63 e R$ 96,44, respectivamente. O “prato-feito”, a opção mais econômica, custa R$ 31,00, um aumento de 4,7%.

O estudo destacou o impacto desses custos no salário médio do brasileiro, que é de R$ 3.123. Alimentar-se com um “prato-feito” por 22 dias no mês consome 21,7% do salário, enquanto uma refeição completa pode consumir até 36,4%.

A pesquisa ainda ressalta a importância do Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT), que promove uma alimentação mais saudável entre os trabalhadores. O levantamento revelou que trabalhadores que utilizam vale-refeição consomem 43% mais feijão, arroz e salada, e 33% mais carne em comparação com aqueles que não possuem o benefício, demonstrando a relevância do PAT na promoção da saúde e bem-estar dos trabalhadores, conforme a ABBT.

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