Economia

Biolab investe R$ 1 bi em Pouso Alegre

Empresa vai fazer aportes em moderno complexo fabril em Pouso Alegre com 80 mil m² de área
Biolab investe R$ 1 bi em Pouso Alegre
Biolab quer elevar participação exportada para 15% da produção | Crédito: Biolab/ Divulgação

A Biolab Farmacêutica está investindo R$ 1 bilhão em um moderno complexo fabril em Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais. Com 80 mil metros quadrados de área construída em um terreno de 600 mil metros quadrados, a unidade ancora os planos da companhia para os próximos 50 anos.

Com as edificações já na reta final, a previsão é que a produção de medicamentos na nova planta seja iniciada no segundo semestre do ano que vem. Até lá, os esforços da Biolab se voltam para a habilitação de novos produtos no mercado internacional, de maneira a ampliar os negócios e de tal forma que, quando entrar em operação, a unidade absorva tecnologias e demandas de todas as patentes comercializadas pela marca.

Isso não quer dizer, porém, que as demais unidades da empresa já em atividade no Brasil, localizadas em Taboão da Serra, Jandira e Bragança Paulista, em São Paulo, serão desativadas. Pelo contrário. De acordo com o CEO da Biolab, Cleiton de Castro Marques, a ideia é que cada uma concentre centros de desenvolvimentos voltados para produtos específicos.

Hoje, parte de logística, estoques de matérias-primas e embalagens e a parte de controle de qualidade já funcionam no Sul do Estado. “As áreas industriais estão sendo concluídas. É uma fábrica totalmente tecnológica e moderna e conta com certificação verde. O setor gera poucos resíduos, mas energia solar e tratamento de água estão garantidos”, resume.

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Também já trabalham no local cerca de 600 pessoas. Em meados de 2024 esse número deve chegar a 1.500. A empresa como um todo emprega aproximadamente 4 mil pessoas em todo o País.

Medicamentos de Pouso Alegre para o mundo

Na nova planta poderão ser produzidos 400 milhões de unidades por ano em um único turno. Para se ter uma ideia, a expectativa da Biolab é fabricar 200 milhões de unidades em 2023. Ou seja, o complexo já nasce com capacidade para absorver a demanda dos diversos mercados atendidos pela companhia.

Neste sentido, Marques diz que 95% de tudo o que é produzido pela Biolab fica no Brasil, enquanto 5% vai para o mercado internacional. Mas a meta é elevar essa participação para pelo menos 15% nos próximos cinco anos. Para isso, a empresa realiza um trabalho intenso de habilitação de medicamentos em diferentes mercados.

“O mais importante é como extrapolamos as fronteiras do Brasil. Não estamos vendendo commodity, mas um produto desenvolvido e transformado aqui. E esses ciclos de habilitação são longos e requerem maturação nestes mercados. Estamos entrando agora, por exemplo, na Arábia Saudita. Levamos sete anos para conseguir a autorização”, afirma.

E as expectativas são as mais promissoras possíveis. A empresa já estava presente com linhas hospitalares e agora inicia com fármacos. Já realizou o primeiro embarque, inclusive. Por esses e outros motivos, a estimativa é crescer 18% neste exercício. Conforme o executivo, as metas do primeiro semestre já foram cumpridas e as apostas são de que os próximos meses seguirão no mesmo ritmo.

Ainda no mercado internacional, no Canadá, a Biolab é a primeira farmacêutica brasileira com um Centro de Pesquisas. No ano passado, a companhia adquiriu a empresa Exzell Pharma para expandir suas atuações por lá.

Biolab

Brasileira, fundada em 1997, a farmacêutica conta com a quarta maior força de vendas do Brasil e está entre as maiores do País. A Biolab possui um portfólio com mais de 100 produtos para diversas especialidades, como Cardiologia, Ginecologia, Dermatologia, Gastroenterologia, Reumatologia, Ortopedia e Pediatria. Considerando as unidades de negócio Biolab Genéricos, Avert Humana e Avert Saúde Animal esse número sobe para mais de 500.

MM2032

Os investimentos e esforços da Biolab estão alinhados com o Movimento Minas 2032 (MM 2032) – pela transformação global. Liderado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO. A iniciativa propõe uma discussão sobre um modelo de produção duradouro e inclusivo, capaz de ser sustentável, e o estabelecimento de um padrão de consumo igualmente responsável, com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

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