Biomm assina acordo para comercializar e distribuir insulina degludeca no Brasil

A Biomm S.A. anunciou, nesta quinta-feira (2), que fechou junto à empresa chinesa Huisheng Biopharmaceutical, um acordo exclusivo para a comercialização e distribuição da insulina degludeca no Brasil. A companhia brasileira inaugurou na semana passada sua planta em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), marcando a retomada da produção brasileira do biomedicamento.
A insulina degludeca é um análogo de insulina de ação prolongada, indicada para tratamento de diabetes mellitus. O produto pode ser usado em combinação com antidiabéticos orais, assim como com outras insulinas de ação rápida ou ultrarrápida e vem para complementar o portfólio de soluções para pacientes diabéticos da empresa.
A insulina degludeca foi desenvolvida pela Huisheng Biopharmaceutical, empresa chinesa, com portfólio focado no mercado de diabetes. O mercado de insulinas basais análogas no mercado brasileiro, segundo o IQVIA, é da ordem de R$ 717,6 milhões. A importação, comercialização e distribuição do medicamento no Brasil estarão sujeitas, ainda, à expiração da patente, obtenção do registro perante a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e à publicação do preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
Com mais um medicamento focado no tratamento do diabetes, a companhia segue na ampliação de seu portfólio de metabolismo (insulinas e GLP-1) e reforçou o compromisso em melhorar o acesso para doenças crônicas para a população brasileira e contribuir mais para a eficiência, sustentabilidade e qualidade do sistema de saúde do Brasil.
Biomm inaugurou a única fábrica de insulina do Brasil
Na semana passada a Biomm inaugurou a primeira fábrica de insulina no Brasil, localizada em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A indústria marcou a retomada da produção do hormônio no Brasil por uma empresa nacional, após duas décadas sem produção local. A Biomm investiu R$ 800 milhões na planta de insulina.
A capacidade produtiva da unidade é de 20 milhões de unidades de carpules (refis) de insulina glargina por ano e, na sequência, de canetas de insulina. A produção inicial de insulina é de 70 mil carpules por dia. A fábrica da Biomm no Brasil tem capacidade de suprir a demanda nacional por insulina, com um potencial para atender 1,9 milhão de pacientes.
Além disso, com a unidade, a empresa poderá fabricar 20 milhões de frascos de outros biomedicamentos, como a insulina humana recombinante. Ainda na semana passada, durante a solenidade de inauguração, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Biomm assinaram um protocolo de intenções para desenvolverem um programa de cooperação mútua. O projeto será voltado para plataformas de produção de medicamentos para o tratamento de doenças metabólicas.
O objetivo da parceria será desenvolver projetos de cooperação alinhados com políticas governamentais que visem o fortalecimento do Complexo Econômico e Industrial da Saúde e maior autonomia do Brasil na produção de medicamentos para o Sistema Único de Saúde (SUS). A partir da assinatura, Fiocruz e Biomm realizarão reuniões técnicas para discutir e viabilizar os futuros projetos.
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