Economia

Biomm amplia portfólio e entra no mercado de oftalmologia

Companhia obteve liberação da Anvisa para comercialização exclusiva de medicamento que trata lesões oculares graves
Biomm amplia portfólio e entra no mercado de oftalmologia
Foto: Reprodução/Site Biomm

A biofarmacêutica Biomm, com unidade em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), segue ampliando o portfólio e entrará no mercado de oftalmologia a partir do medicamento ranibizumabe, que trata lesões oculares graves. A aprovação do registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ocorreu nesta terça-feira (20) com comercialização exclusiva pela companhia no País.

A partir da liberação do registro, a Biomm solicitará autorização de preço do produto junto à Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos (CMED). A iniciativa, além de expandir as possibilidades da marca, surge para atender à crescente demanda do mercado global, que registra crescimento contínuo nos últimos três anos.

Atualmente, o mercado da classe terapêutica do medicamento representa R$ 374 milhões por ano, segundo dados do IQVIA, líder global no uso de informação para área da saúde. “A incorporação do primeiro biossimilar voltado para a área de oftalmologia no Brasil contribuirá para a estratégia de ampliar o acesso da população a medicamentos tecnológicos seguros e eficazes”, avalia o CEO da Biomm, Heraldo Marchezini.

O medicamento é fornecido pela biofarmacêutica Bioeq – joint venture entre a Formycon AG e a Polpharma Biologics Group, com sede em Zug, Suíça. A empresa é responsável por licenciar e comercializar em diferentes partes do mundo medicamentos biossimilares com altos padrões de qualidade de mercados altamente regulados, como Estados Unidos e União Europeia.

Indicado para lesões graves na retina, o ranibizumabe é um fragmento de anticorpo monoclonal e auxilia no tratamento de condições que podem ser causadas pelo crescimento anormal de vasos sanguíneos, como degeneração macular neovascular relacionada à idade, edema macular diabético, retinopatia diabética proliferativa, edema macular com oclusão da veia da retina e neovascularização coroidal. O medicamento de oftalmologia que será comercializado pela Biomm inibirá o processo natural de formação de novos vasos sanguíneos (angiogênese) por meio do bloqueio do fator de crescimento desses vasos.

Biomm encerra primeiro trimestre com receita líquida de R$ 39,6 milhões

A ampliação do portfólio de produtos, somada às estratégias internas de performance, resultou em uma receita líquida de R$ 39,6 milhões no primeiro trimestre deste ano. O crescimento representou uma variação positiva de 3% em relação ao mesmo período de 2024, quando somou R$ 38,6 milhões.

Dentre os destaques, está o crescimento no volume de vendas da insulina Glargilin, produzida pela fábrica em Nova Lima, na RMBH. Na franquia de Diabetes, a insulina Glargilin apresentou crescimento superior ao do mercado tanto no canal público quanto no privado e, com isso, atingiu 34,9% de participação no segmento de insulina glargina no período. Já no segmento de insulinas humanas, as vendas de Wosulin cresceram 185,8% no período em virtude do abastecimento da rede pública de saúde.

Para Marchezini, o primeiro trimestre de 2025 foi marcado pela ampliação da participação no mercado de medicamentos para diabetes. “Seguimos fortalecendo o nosso portfólio, no sentido de ampliar o acesso aos tratamentos de doenças crônicas e nos posicionar como um dos principais players do setor biofarmacêutico do País”, acrescenta.

Entre janeiro e março deste ano, o lucro bruto da Biomm somou R$ 7,3 milhões, representando uma redução de 14% frente ao mesmo período de 2024, quando atingiu R$ 8,5 milhões. Segundo a empresa, o recuo foi resultado do mix de vendas e aumento dos custos dos produtos.

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