Biomm apura aumento de 82,5% na receita

A empresa de biotecnologia Biomm, cuja fábrica está instalada no município de Nova Lima, em Minas Gerais, apresentou receita líquida de R$ 107,1 milhões em todo o ano passado. O crescimento para o período, em comparação ao ano anterior (2020), foi de 82,5%. Os resultados são, segundo a empresa, reflexo da evolução do market share nos últimos meses, o que indica que os produtos da marca estão crescendo em participação no mercado consumidor.
O lucro bruto da Biomm também teve crescimento expressivo de 93,3% entre os anos. Em números absolutos, o valor gira em torno de R$ 26,9 milhões, em 2021, frente aos R$ 13,9 milhões registrados no ano anterior. Outro fator preponderante apontado pela Biomm e que justifica o crescimento está a ampliação do portfólio com parcerias e licenças que avançaram em 2021.
Atualmente, a empresa trabalha com medicamentos para pacientes diabéticos e oncológicos. Os antitrombóticos também são comercializados pela companhia, sendo esses utilizados para prevenção ou no tratamento de coágulos sanguíneos. Somente no ano passado, a empresa recebeu as licenças e confirmou parcerias para comercialização do Ghemaxam (antitrombótico) e da insulina Glargilin. Vale ressaltar que todos os medicamentos atendem ao mercado brasileiro.
No entanto, conforme explica a Chief Financial Officer (CFO) – sigla em inglês para liderança da área financeira – e diretora de Relações com Investidores da Biomm, Mirna Santiago, a empresa ainda não está gerando lucro, uma vez que passa pelo processo de composição do portfólio.
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“Apesar do crescimento da receita, considerando os investimentos da Biomm, ainda não atingimos a linha de equilíbrio. Esse é um negócio de biotecnologia e o retorno dos investimentos demanda tempo, um prazo um pouco maior”, afirma Santiago. Enquanto a empresa não atinge o chamado break even – ponto de equilíbrio entre os custos totais e a receita -, a executiva ressalta que os resultados de 2021 já colocam a Biomm em uma posição melhor do que no ano anterior e que, mesmo diante da pandemia da Covid-19, a companhia conseguiu seguir em seu plano de negócios.
Em sua divulgação de resultados referente a 2021, a Biomm apontou que suas despesas operacionais aumentaram 33,5%, passando de R$ 69,4 milhões, em 2020, para R$ 92,6 milhões no último ano. Em relação aos Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês), a companhia teve um resultado negativo da ordem de R$ 54 milhões contra o valor também negativo de 2020: R$ 44,9 milhões. O Ebtida, portanto, registrou o aumento no prejuízo consolidado de 20,2% no biênio. Já o endividamento líquido da companhia saiu de R$ 31,1 milhões (2020) para os atuais R$ 40,2 milhões.
Projeções
Ainda de acordo com a CFO e diretora de Relações com os Investidores da Biomm, Mirna Santiago, a empresa segue prospectando novos medicamentos para garantir a diversificação do portfólio. No exercício de 2022, a empresa espera avançar junto aos órgãos reguladores para obter o registro sanitário definitivo da vacina Convidecia, do laboratório CanSino.
A expectativa é de que a empresa possa produzir 40 milhões de doses após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A empresa havia informado, anteriormente, que há acordo de fornecimento firmado para o momento subsequente à aprovação e que, a partir de 2023, já terá uma planta adaptada em Nova Lima para prosseguir com a produção dos imunizantes.
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