Black Friday deve injetar R$ 2 bi na economia de BH

O comércio de Belo Horizonte está otimista com a Black Friday. A data comemorativa, que vem se consolidando cada vez mais, deve injetar cerca de R$ 2,06 bilhões na economia da cidade, superando em 1,49% o valor registrado em 2021 e retomando o nível pré-pandemia (2019). Os empresários do comércio estão com boas expectativas e 73,6% acreditam em vendas melhores que as do último ano. O resultado positivo das datas comemorativas anteriores aliado ao pagamento do 13º salário e do Auxílio Brasil são fatores que animam os empresários.
De acordo com o vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Fernando Cardoso, a boa expectativa dos empresários do comércio é resultado da consolidação da Black Friday no Brasil e do desempenho positivo ao longo das datas comemorativas anteriores.
“Ao longo dos últimos anos, a Black Friday tem se consolidado. A data tem forte apelo de venda e, isso, potencializa o comércio da cidade e gera resultados para toda a economia. Além disso, estamos registrando uma retomada positiva e grande do comércio, principalmente, nas datas comemorativas. Em Belo Horizonte, mais de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) vem do comércio e dos serviços, setores também responsáveis por mais de 80% dos empregos. Dessa forma, a movimentação das datas comemorativas geram um ciclo positivo para economia como um todo”, analisou o vice-presidente.
A expectativa é que a megaliquidação movimente em torno de R$ 2,06 bilhões. “Com a estimativa positiva, os empresários investem na data, melhorando e aumentando os estoques, o que é positivo e aumenta a diversidade de produtos para consumidores”, concluiu Cardoso.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
De acordo com a pesquisa, 59,2% dos empresários terão um volume de estoque maior que o do último ano. Quase metade dos lojistas da capital (43,9%) já estão se preparando para a Black Friday e 34,3% afirmam que aguardam a proximidade da data.
“O pagamento do 13º salário e também do Auxílio Brasil geram uma renda extra para o consumidor, o que é importante para estimular as vendas. Durante a Black Friday, são oferecidos descontos interessantes e aguardados pelos consumidores. Isso também colabora para que o tíquete médio seja mais alto que em outras datas do comércio, R$ 486,78”, revelou o dirigente da CDL/BH.
Produtos “queridinhos”
De acordo com os empresários entrevistados, os produtos com maior saída deverão ser roupas/vestuário (37,3%); calçados (17,2%); acessórios – relógios, joias e bijuterias (7,8%); cosméticos – perfume, hidratante e maquiagem (7,8%); itens de decoração (6,4%); itens de papelaria (5,9%), bolsas, mochilas e malas (5,9%) e produtos alimentícios (4,9%).
Segundo a CDL-BH, os lojistas esperam que cada consumidor adquira, em média, dois produtos, totalizando um tíquete de R$ 486,78. Em relação aos itens que deverão ter maior saída, os valores médios do tíquete de roupas/vestuário deverá ser de R$ 302,27; calçados, R$ 311,76; acessórios, R$ 250, e cosméticos , R$ 84,37.
Para os lojistas entrevistados, a maioria dos clientes (65,2%) deve optar pelo pagamento parcelado no cartão de crédito, com uma média de seis parcelas. Na sequência, aparecem à vista no cartão de crédito (26%); cartão de débito (5,4%); transferências eletrônicas – PIX, TED e DOC (2%) -, parcelado no cartão de crédito da própria loja (1%) e parcelamento no carnê (0,5%).
A pesquisa da CDL/BH ouviu 305 comerciantes da Capital entre os dias 2 de setembro e 20 de outubro. O índice de confiança é de 95% com margem de erro de 5,6%.
Ouça a rádio de Minas