Economia

Black Friday deve movimentar R$ 2,08 bilhões em Belo Horizonte

Para 88% dos empresários entrevistados pela CDL/BH, a edição deste ano será igual ou melhor que a de 2023
Black Friday deve movimentar R$ 2,08 bilhões em Belo Horizonte
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A expectativa dos comerciantes varejistas de Belo Horizonte é de que as vendas da Black Friday deste ano, que ocorrerá no dia 29 de novembro, possam gerar um faturamento de R$ 2,08 bilhões no varejo da Capital. É o que mostra pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), divulgada nesta terça-feira (5).

Caso esse cenário otimista se cumpra, o valor registrado será 0,42% superior ao observado no mesmo período de 2023, quando a data movimentou R$ 2,07 bilhões no comércio da capital mineira.

Além disso, 88% dos empresários entrevistados acreditam que a edição deste ano será igual ou melhor que a de 2023. A maioria (91,7%) dos lojistas também afirma que já está com estoques reforçados ou, pelo menos, semelhantes ao registrado no último ano.

Para atingir os R$ 2,08 bilhões em volume financeiro de vendas, os lojistas esperam um tíquete médio de R$ 363,70. Como a expectativa é que os consumidores adquiram até dois itens, o valor pode chegar a R$ 667,40.

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O presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, ressalta que a Black Friday, uma data tradicional no comércio norte-americano, está cada vez mais consolidada no calendário do varejo brasileiro.

“Como o comportamento de compra para esta data é diferente das demais datas comemorativas, os lojistas se preparam de forma distinta. Eles focam em oferecer preços atrativos, com bons descontos e facilidade de pagamento”, explica.

Estratégias de vendas na Black Friday

Dentre as estratégias de vendas citadas pelos lojistas para a data, os destaques foram: forte divulgação de produtos (94,5%), aplicação de grandes descontos (89,1%) e facilitação de pagamento (54,5%).

A pesquisa também aponta para a intensificação do uso das redes sociais por parte dos lojistas de Belo Horizonte durante a Black Friday.

Dentre as diferentes opções, o Instagram será o mais utilizado na divulgação dos produtos e descontos, com 93,1% dos respondentes. Em seguida aparecem WhatsApp (86,2%), e Facebook (43,1%).

Além das redes sociais, os empresários também irão apostar em estratégias mais tradicionais do comércio, como a decoração da vitrine (15,5%), site próprio (11,2%), panfletagem (6,9%) e o boca a boca (2,6%).

Pessoa realizando uma compra via Internet.
Foto: Adobe Stock

Formas de pagamentos e produtos mais populares

Entre os lojistas entrevistados pela CDL/BH, 65,5% acreditam que a maior parte dos consumidores vai optar pelo pagamento parcelado no cartão de crédito, em até cinco vezes.

As demais formas de pagamento esperadas pelos comerciantes da Capital são: à vista no cartão de crédito (25%), transferência eletrônica – Pix, TEC e DOC (6,9%) e cartão de débito (1,7%).

Outro ponto destacado pelos empresários é que as roupas deverão ser os produtos com maior saída durante a Black Friday – é o que disseram 54,3% dos entrevistados. Em seguida aparecem: calçados (13,8%), móveis (12,1%), itens de decoração (6,9%) e brinquedos (6%).

Lojistas fora da Black Friday

O estudo realizado pela CDL/BH também demonstrou que, apesar do clima de otimismo, ainda existem alguns lojistas que não se envolveram com a data. Dentre os empresários entrevistados, 16,6% disseram que não vão participar da ação este ano e 25,1% nunca participaram.

O motivo mais citado entre aqueles que não participam da Black Friday é que o período não traz resultados para esse grupo de lojistas, com 32,5% dos comerciantes compartilhando desta visão. Outros 20,5% disseram que preferem manter os preços justos durante todo o ano e 15,7% apontaram para a baixa margem de lucro.

Além disso, 13,3% dos entrevistados preferem desenvolver ofertas em outras datas do ano; 10,8% apontam para uma falta de demanda no período; 10,8% não participam devido à alta concorrência; 8,4% dos lojistas explicaram que se trata de uma decisão da matriz e 3,6% dos comerciantes de Belo Horizonte apontam para falta de estrutura nas lojas.

Menos de 30% já estão com preparativos prontos

Dentre os comerciantes varejistas da Capital, 27,6% afirmam que já estão com tudo encaminhado para a chegada da Black Friday, mas 30,7% disseram que ainda não realizaram nada para o período. No caso, deste último grupo, o motivo principal é o foco em outras prioridades, com 45,9% desses lojistas.

Outros fatores citados foram: aguardando resultado de promoções (24,6%), aguardando decisão da matriz (16,4%), aguardando definição de superiores (11,5%), incerteza sobre a demanda (6,6%), dúvida sobre os produtos em oferta (4,9%) e em avaliação (4,9%).

O presidente da CDL/BH destaca que a Black Friday é a primeira data de compras do Natal, uma vez que ela está a menos de um mês das festas natalinas e é realizada próximo ao período de pagamento do 13º salário.

“Para a maioria dos consumidores, é a oportunidade de adquirir um bem de maior valor agregado. Contudo, alguns lojistas enfrentam dificuldades com a data ou ainda não enxergam possibilidades de ganhos. O ideal é que cada comerciante entenda sua realidade, conheça seu consumidor e, a partir disso, adapte a data para seu negócio. Hoje, a data é o maior evento de consumo do planeta e precisa ser aproveitada ao máximo”, disse.

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