Black Friday: Fraudes calculadas em até R$ 2,8 mi foram evitadas em MG
Fraudes estimadas em R$ 2,8 milhões foram evitadas na Black Friday (25) em Minas Gerais. Isso aconteceu graças a diversas soluções inteligentes e de proteção, que trouxeram economia gigantesca aos centros comerciais das cidades mineiras e ao e-commerce na sexta-feira de promoções. Os dados apurados em tempo real no 1º dia de ofertas pela empresa de inteligência Confi Neotrust, em conjunto com o sistema de riscos ClearSale, do grupo BCW Brasil, identificaram 2 mil tentativas de fraudes, tendo em destaque isolado o setor de eletrônicos, seguido por automóveis, ferramentas e eletrodomésticos.
Com o player neste ramo de combate às fraudes, a empresa de tecnologia que fornece soluções antifraudes para setores como varejo, e-commerce, mercado financeiro e telecomunicações estima evitar, nacionalmente, mais de R$ 50 milhões em fraudes dessa sexta-feira até este domingo, quando muitas lojas ainda pretendem manter as suas promoções aos olhos do público.
O superintendente comercial da ClearSale, Matheus Manssur, explica que para chegar ao resultado antifraude, durante toda a Black Friday um grande banco de dados de informação monitora de hora em hora várias operações, possibilitando fazer autenticação de transações no mercado brasileiro. “Com essas informações, criamos um modelo estatístico e, juntamente com inteligência artificial e novas tecnologias, desenvolvemos um score de fraude próprio, capaz de aprovar sem ficção a maioria das transações do mercado. Essas informações abrangem informações compartilhadas de grandes players do e-commerce e marketplace e também outros canais, como financeiros, criando um grande motor de comportamento digital”.
Força-tarefa para orientar o consumidor
Os últimos dias foram bastante intensos para o Procon para garantir uma comunicação clara para orientar o consumidor mineiro. O coordenador do Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Marcelo Barbosa, enfatiza que a entidade se empenha em reforçar como alerta os tipos de golpes e dicas também para fazer uma compra mais segura, tendo em vista que o tradicional período de vendas da última sexta-feira de novembro, boa parte das vezes, tornou-se uma “black fraude”, por conta do expressivo número de golpes registrados.
“É preciso ter muito cuidado com as compras por impulso, pois é preciso pensar se realmente você vai precisar daquele produto ou serviço. É preciso também ter atenção ao anotar os valores encontrados nas respectivas lojas pesquisadas e desconfiar mesmo de preços muito abaixo da média de mercado. Isso pode ser sinal de golpe, entre tantas outras questões que precisam de cautela”, enfatiza Barbosa.
Rede social unida para combater promoções fakes
Estratégico no mercado, o Pelando Check é um comparador de preços oriundo da rede social de compras Pelando, que numa mesma plataforma reúne milhares de promoções e cupons de lojas de todo o País. Fundador do negócio, Guilherme Vieira explica que diante de 10 milhões de acessos mensais, a plataforma tem sido refúgio para que internautas evitassem cair em falsas propagandas.
“Para contribuir com a redução do número de fraudes, nós monitoramos as principais lojas do e-commerce nacional nos últimos 60 dias. Desta forma, coletamos o preço e falamos se o preço é bom ou ruim, baseado na média dos preços que aparecem diariamente”, conta Guilherme Vieira.
Ele explica que a grande vantagem comparada com todos os demais sistemas da própria comunidade é que a tecnologia Pelando identifica, por exemplo, no caso, um marketplace que não seja confiável. Não sendo, os usuários avisam na própria promoção e vão comentando.
“Isso acontece muitas vezes, e a maioria das boas promoções não aparecem no comparador no Google Shopping, e o nosso aparece exatamente porque nós temos uma comunidade por trás com milhares de usuários compartilhando as promoções. Só agora na Black Friday serão mais de 5 mil promoções durante os dois dias”, acrescenta o executivo, que ainda completa. “Temos uma auditoria interna para ver quais as lojas gostaríamos de ter dentro da Pelando, mas também uma auditoria externa, preocupada com os próprios usuários, preocupada com as promoções que estão publicadas, com as lojas que são ofertadas, e esse é um grande diferencial para poder ajudar as pessoas a tomarem decisões de compra”.
Relatório de queixas só será liberado em janeiro
O DIÁRIO DO COMÉRCIO solicitou ao Procon-MG detalhes referentes ao número de registros de reclamações obtidos em todo o Estado. No entanto, a entidade orientou que somente em janeiro deve obter um balanço estatístico de reclamações, pois quem tem alguma reclamação para fazer sobre a Black Friday terá até este prazo para fazer alguma solicitação.
Para possíveis eventualidades ou suspeitas de golpes, o Procon-MG orienta que é preciso realizar um agendamento de data por meio dos canais oficiais de atendimento ao consumidor do próprio Procon, e cada solicitação poderá ser acompanhada por um protocolo individual.
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