BMG vai atuar no mercado de energia

São Paulo – O banco BMG começará a atuar no mercado de energia elétrica, por meio de operações com derivativos de eletricidade, a serem ofertados pela instituição financeira em mercado de balcão ainda neste mês de maio.
A aposta do BMG ocorre em meio a um forte aquecimento no setor de comercialização de energia do Brasil, no qual já atuam empresas ligadas a grandes elétricas e grupos financeiros que incluem nomes como BTG Pactual, Itaú Unibanco, Santander e Genial Investimentos, além de agentes independentes.
Os derivativos de energia funcionam à semelhança de contratos futuros de commodities como petróleo e produtos agrícolas, e podem ser usados por empresas para se proteger contra variações nos preços ou mesmo como uma aposta em uma alta ou baixa das cotações.
Para começar as negociações desses contratos, o BMG se credenciou junto à plataforma eletrônica BBCE, que desde o início deste ano tem sido um ambiente de negócios de derivativos de energia, depois de ter recebido autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em meados de 2020.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
O diretor de Atacado e Tesouraria do banco, Roberto Simões, disse que o BMG será a primeira instituição financeira a ofertar derivativos na BBCE, em movimento alinhado à suas operações voltadas a grandes clientes, que já incluem derivativos para cobertura de riscos relacionados a câmbio e commodities, por exemplo.
“Energia é mais um ativo ao qual as empresas estão sempre expostas. E é um ativo que muitas vezes tem representatividade para algumas delas até muito maior que dólar e outros”, afirmou.
“Vemos isso como natural, como uma ampliação desse mix de soluções. E nada mais racional do que entrar em um momento em que o mercado começa a galgar passos em direção a um desenvolvimento maior.”
O Brasil tem visto nos últimos anos um crescimento acelerado no mercado livre de eletricidade, ambiente onde consumidores com grande demanda como indústrias podem negociar diretamente seu suprimento junto a geradores e comercializadoras de energia.
O segmento tem atraído bancos como Santander e Itaú, que abriram unidades de comercialização, e corretoras – como a Genial e a XP, que prepara o lançamento de uma comercializadora própria, que inclusive também mira transações com derivativos.
Simões disse que o BMG não descarta avaliar a abertura de uma comercializadora num “segundo momento”, mas focará agora as operações financeiras, enquanto se prepara para uma esperada aceleração ainda maior no crescimento do mercado livre elétrico. Mais sobre o BMG na página 11. (Reuters)
Ouça a rádio de Minas