BNB terá orçamento 12% menor para Minas

Em 2021, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) terá um piso orçamentário de R$ 1,48 bilhão para atender à demanda das regiões em que a entidade atua em Minas Gerais. O orçamento previsto do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para o Estado está 12% menor quando comparado com 2020, uma vez que os recursos totais do FNE para 2021 também ficaram inferiores devido à queda na arrecadação. Ainda está em negociação uma possível alta no montante voltado para Minas, podendo o valor chegar a um total de R$ 1,6 bilhão em 2021.
O orçamento do FNE, operacionalizado pelo Banco do Nordeste, será de R$ 24,1 bilhões para o exercício de 2021 nas áreas atendidas no Brasil, sendo que para Minas serão destinados 6,6% do total.
De acordo com o superintendente do Banco do Nordeste para os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, Wesley Maciel, os recursos provenientes do FNE são fundamentais para movimentar a economia das regiões atendidas pelo BNB.
“Estamos negociando para ampliar o valor destinado a Minas para R$ 1,6 bilhão. Esse dinheiro público, com a menor taxa de juros entre as entidades, tem uma importância enorme para a economia geral. Quando se coloca R$ 1,48 bilhão na economia, esse recurso vai para a atividade produtiva e movimenta todo mercado local. Esse valor penetra em todas as camadas da sociedade, é um número muito forte para a economia”.
Segundo os dados do BNB, do total de R$ 1,48 bilhão em crédito a ser liberado para a área de atuação do banco em Minas Gerais, a previsão é de destinar para as empresas dos setores de comércio e serviços R$ 250 milhões em investimentos. A agricultura deve ter à disposição R$ 154 milhões e a pecuária mais R$ 320 milhões.
As indústrias terão R$ 130 milhões e para as agroindústrias a previsão é de R$ 19,1 milhões. O turismo receberá R$ 7,7 milhões. Para os projetos de estrutura estão previstos R$ 600 milhões. Os financiamentos para aquisição de sistemas de energia solar para pessoas físicas, por meio da linha FNE Sol, ficarão com R$ 5 milhões e o crédito estudantil, o FNE P-Fies, fecha a conta com R$ 840 mil.
Desembolsos em 2020 – Em 2020, foram aplicados R$ 1,792 bilhão em Minas Gerais, distribuídos em 56.089 operações com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e recursos internos da instituição.
“Os desembolsos ficaram menores que em 2019 porque, devido à pandemia de Covid-19, priorizamos o atendimento às micro e pequenas empresas. As propostas de infraestrutura ficaram para o final do ano e ainda não concluímos os processos. Nossa estimativa é que cerca de R$ 1 bilhão estão em processo de análise. Para o fechamento de 2020, esperamos que pelo menos mais R$ 500 milhões sejam liberados para infraestrutura”, explicou o superintendente do Banco do Nordeste para os estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
Maciel destaca ainda que as linhas voltadas para atender às micro e pequenas empresas apresentaram crescimento nos desembolsos.
Em Minas, para as micro e pequenas empresas, o montante aplicado em 2020 foi de R$ 202,2 milhões, pulverizado em 2.440 contratos. O valor ficou 40% maior que os R$ 145 milhões liberados em 2019.
Os desembolsos para o Agroamigo Banco do Nordeste, programa de microfinança rural, somaram R$ 248 milhões, ante R$ 224 milhões liberados em 2019, o que representa um acréscimo de 10%.
Para a agricultura familiar, foram destinados R$ 25 milhões, frente aos R$ 23 milhões anteriores, aumento de 8%.
O Crediamigo do Banco do Nordeste, programa de microfinança urbana, liberou R$ 569 milhões, frente a R$ 443 milhões registrados em 2019, variação positiva de 28%.
“Quando analisamos os desembolsos prioritários, tivemos um desempenho muito positivo e importante para a economia local”.
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