Economia

BNDES libera R$ 202,5 milhões a empresas mineiras afetadas pelo tarifaço

Do total aprovado no Estado, R$ 72,6 milhões foram destinados para a linha Capital de Giro
Atualizado em 10 de outubro de 2025 • 20:53
BNDES libera R$ 202,5 milhões a empresas mineiras afetadas pelo tarifaço
Foto: Reprodução Adobe Stock

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já soma R$ 202,5 milhões em crédito destinado a empresas de Minas Gerais afetadas pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil. Os recursos fazem parte do Plano Brasil Soberano, lançado em agosto para atenuar os impactos das novas tarifas sobre produtos brasileiros.

Do total aprovado no Estado, R$ 72,6 milhões foram destinados para a linha Capital de Giro, que abrange gastos operacionais gerais. Outros R$ 129,9 milhões foram alocados em Capital de Giro Diversificação, focados na busca de novos mercados.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, reforça que os resultados do programa mostram a rapidez e a força da resposta do governo federal diante das das novas barreiras impostas pelos norte-americanos.

“Assim como no ano passado, quando o BNDES apoiou com R$ 29 bilhões as empresas gaúchas severamente afetadas pelos extremos climáticos, o Banco está atuando para amparar aquelas impactadas pelo tarifaço dos EUA, estimulando a presença em novos mercados e mantendo os empregos”, destaca.

No total, foram aprovados R$ 4 bilhões em crédito em todo o País. Desde a abertura do protocolo, o Banco acumula R$ 6,7 bilhões em pedidos de crédito.

O Diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Gordon, avalia que as empresas têm apresentado uma boa capacidade de reação aos efeitos provocados pela tarifação. Segundo ele, os esforços do governo federal foram fundamentais para o êxito da política, que reduziu de 60 para 18 dias a média de aprovação do crédito.

O foco na busca por novos mercados é encarado como positivo e mostra que o empresariado está disposto a diversificar negociações. Países como Suíça, Reino Unido, Canadá e Equador entraram no radar de novos destinos. “Isso é importante, especialmente para manter o ritmo das exportações”, acrescenta.

Em Minas, a maior procura está concentrada em empresas dos setores químico, máquinas e aparelhos, metalurgia e alimentício. Hoje, o Estado ocupa a sétima posição dentre as maiores aprovações do benefício em lista liderada por São Paulo e Rio Grande do Sul.

O Estado gaúcho é considerado um exemplo bem-sucedido para a política de crédito do banco. Segundo Gordon, graças a políticas como esta, o Estado, mesmo diante de desafios climáticos, cresceu acima da média nacional no ano passado, o que evidencia como uma ação coordenada pode fazer diferença. “O resultado mostra que o governo está atento aos fatores que impactam a economia brasileira e busca respostas efetivas para enfrentá-los”, comenta.

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