BNDES financiará obras de 49 usinas solares da Energisa

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 700 milhões para a implantação de 49 novas usinas fotovoltaicas, na modalidade geração distribuída, da (re)energisa, empresa do grupo mineiro Energisa. Essas usinas serão construídas em quatro estados brasileiros, incluindo Minas Gerais.
Esse é o maior financiamento já aprovado pelo BNDES para um projeto de geração distribuída de fonte renovável. O projeto contribuirá para a expansão da geração distribuída por fonte solar fotovoltaica no Brasil, adicionando aproximadamente 144 MW. Além de Minas, os outros três estados contemplados por esse financiamento são Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.
A diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, destacou, em nota, que esse investimento levará energia solar distribuída para mais de 28 municípios, além de beneficiar mais de 4.500 micro, pequenas e médias empresas, que “poderão compensar o seu consumo e obter economia na conta de energia, além de contribuir para a transição energética”. Há ainda uma previsão de que durante o pico de implantação, até 792 empregos serão gerados.
A iniciativa também irá apoiar a mitigação das mudanças climáticas, com a redução de emissões de cerca de 476 mil toneladas de CO2 ao longo dos 25 anos de sua vida útil. Isso seria o equivalente a retirar cerca de 9.500 veículos por ano das ruas neste período. As usinas fotovoltaicas possuem menor variabilidade de geração de energia ao longo de um ciclo anual quando comparadas a projetos hídricos e eólicos, fornecendo maior segurança ao sistema elétrico.
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A vice-presidente de Soluções Energéticas da (re)energisa, Roberta Godoi, revelou que o objetivo da Energisa é se posicionar como protagonista na transformação energética. Ela ainda afirmou que a organização está pronta para atender as mais diversas necessidades dos clientes relacionadas à energia, devido a sua experiência nesse setor.
“Somos o único grupo do setor elétrico que oferece a solução completa no conceito one stop shop, tudo que o cliente precisa concentrado em uma única plataforma. Além da robustez da nossa rede, temos a (re)energisa, marca dedicada aos negócios focados na promoção de uma economia de baixo carbono”, declara.
Investimentos para 2023
O Grupo Energisa planeja realizar o maior investimento de sua história para um ciclo anual em 2023. O montante previsto é de R$ 6 bilhões, quase 10% acima do planejado para o ano passado. A companhia comunicou ainda que a (re)energisa responderá por R$ 1,1 bilhão do orçamento previsto para o exercício.
A companhia conta com as subsidiárias Alsol Energias Renováveis, Energisa Comercializadora e a Energisa Soluções e Construções para alcançar sua meta de se tornar protagonista no processo de transição energética. Lembrando que apenas a Alsol, que possui forte presença no Estado, receberá R$ 1,126 bilhão para a geração de energia solar.
Esses recursos têm como finalidade a ampliação da capacidade de geração distribuída, além de ações dentro do programa de universalização de energia elétrica e investimentos nos lotes do segmento de transmissão adquiridos nos leilões realizados entre 2019 e 2022.
O investimentos em distribuição de energia será de R$ 4,373 bilhões e serão destinados à ampliação de redes, ligação de novas unidades consumidoras, melhoria da qualidade de serviços, adequação à regulamentação e ampliação do acesso à energia em regiões remotas do Brasil, através dos programas ‘Mais Luz para Amazônia’ e ‘Luz para Todos’.
Entre as distribuidoras, o destaque foi a Energisa Mato Grosso, que receberá R$ 913 milhões, impulsionada pelas demandas do agronegócio no estado. Já a Energisa Mato Grosso do Sul vai receber R$ 617 milhões, enquanto a Energisa Minas Rio somará R$ 258,6 milhões – ela atende 66 municípios mineiros e a cidade de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.
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