Um em cada 10 veículos comerciais transita com excesso de carga na BR-365

No trecho da BR-365 em Uberlândia, no Triângulo, um em cada 10 veículos comerciais transitam pela rodovia com excesso de carga. A média foi registrada pela concessionária Ecovias do Cerrado, empresa responsável pela gestão da BRs 364 e 365.

Para alcançar este resultado, a gestora da rodovia instalou uma balança de medição automática, que ao longo de 50 dias, em duas fases de testes, analisou 108 mil automóveis comerciais, dos quais, 7,7 mil eram ônibus e caminhões com sobrecarga.

Segundo o gerente de operações da Ecovias do Cerrado, Bruno Araújo da Silva, os dados são alarmantes, pois evidencia riscos para os motoristas, além de demais usuários da rodovia. “É um problema que está diretamente relacionado a uma maior probabilidade de acidentes, como tombamentos, saída de pista e colisões por falha mecânica”.

Outras consequências que podem surgir com o tráfego destes veículos são: desgastes e a redução da vida útil do pavimento, com o surgimento de buracos e ondulações, que aumentam os riscos de acidentes.

O resultado da balança destacou que as cargas nos ônibus e caminhões excediam em 18 mil toneladas o volume permitido.

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A análise precisa dos automóveis no trecho da BR-365 foi possível devido à tecnologia High Speed Weight in Motion (HS-WIM), que utiliza sensores e câmeras inteligentes implementadas em pontos estratégicos da rodovia para detectar automaticamente o peso de todos os veículos.

“Vale destacar que a tecnologia contribui para uma competição mais justa no setor de logística e transportes, ao detectar os usuários que não respeitam a legislação e acabam prejudicando empresas e motoristas que trafegam corretamente”, ressalta o gerente de operações da concessionária.

Já o diretor-superintendente da empresa, Matheus Fernandes, reforça a importância de sistemas e equipamentos avançados na medição do peso nas rodovias brasileiras em substituição às balanças tradicionais.

“Estamos falando de um sistema automático e mais ágil, que tem capacidade de pesar quase a totalidade dos caminhões e ônibus que trafegam no trecho e, o que é melhor, beneficiando também o motorista, que não atrasa sua viagem, pois não precisa se deslocar para uma balança lateral que opera em baixa velocidade”, afirma Fernandes.